Caminhada, oficinas e artes marcam o dia de reflexão sobre o tema em Valinhos
A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Saúde, promoveu nesta quinta-feira (18), Dia Nacional da Luta Antimanicomial, oficinas, diálogos e uma caminhada com a participação de 50 pacientes atendidos pelo Departamento de Saúde Mental e suas famílias.
Atividades lúdicas e brincadeiras interativas, estimulando a cooperatividade e sociabilização, marcaram a data de mobilização pelos direitos das pessoas em sofrimento mental. Em um dos momentos comoventes, o coral da equipe de musicoterapia cantou uma música composta por Elisa Lefort e os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Esperança, chamada “Esperança Mental”.
Também foi aplicada a medicina ocidental “Lian Gong”, com exercícios cardiorrespiratórios e alongamentos que tratam e previnem desequilíbrios, dores no corpo e problemas nas articulações. Já a oficina “Eco Horta” trabalhou os sentidos do corpo humano, quebra de paradigmas e conceitos de ciências. Os participantes fizeram o plantio de mudas em garrafas plásticas.
Mariana Luz, 15 anos, paciente do CAPS Infantil, relata que o atendimento a ajudou muito nos últimos meses. “Acho bem legal as técnicas que eles usam para ajudar a gente. Também foi muito divertido brincar com as plantinhas e pintar os cartazes hoje”, comentou.
Por fim, todos foram para as ruas segurando cartazes pintados por eles mesmos durante a ação, em uma caminhada do Centro de Artes, Cultura e Comércio (CACC) até o Paço Municipal.
“Essa data é para evitar o retrocesso dos manicômios. Cuidar não é manter a pessoa com transtorno mental presa, mas sim, colocá-la no meio da sociedade. A saúde mental não é uma pauta só da família ou do serviço especializado, é também da cidade inteira que precisa incluir a pessoa no meio social, tratando-a como igual e não como alguém diferente”, afirmou a coordenadora da Saúde Mental, Marailza Siqueira.
Estiveram presentes o secretário interino da Saúde, João Gabriel Vieira, os diretores dos departamentos da Saúde, além dos vereadores Alexandre Japa e Thiago Samasso. O evento contou com o apoio das empresas UniGastro e Cedine.
Saúde Mental de Valinhos
Os serviços de Saúde Mental oferecidos pela Prefeitura de Valinhos, através da rede municipal de saúde, são prestados nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS’s) Esperança e Infantil, no Centro de Referência de Atendimento Psicossocial (CREAPS), o Centro Ambulatorial de Saúde Mental do Adolescente (CASA) e o Centro Municipal de Atendimento Psicopedagógico e Fonoaudiológico (CEMAP), que atendem a diferentes demandas.
O CAPS Infantil realiza atendimentos destinados a crianças e adolescentes, menores de 18 anos, em situações de sofrimento mental grave, severo e persistente. O atendimento é por encaminhamento e também “porta aberta”, ou seja, as pessoas que comparecem na sede são acolhidas para avaliação de demanda. O prédio fica na Rua Casemiro de Abreu nº 138 - Vila dos Coqueiros e atende das 8h às 17h.
Já no CAPS II Esperança, os serviços são destinados a acolher adultos com transtornos mentais severos, como pacientes com tentativa e ideação suicida, esquizofrenia e bipolaridade, por exemplo, estimulando sua integração social e familiar, apoiando-os em suas iniciativas na busca de autonomia através de equipe multidisciplinar. Busca integrar o paciente a um ambiente social e cultural concreto onde desenvolve sua vida cotidiana junto aos familiares. A unidade fica na Rua Casemiro de Abreu nº 196 - Vila dos Coqueiros, atendendo das 8h às 17h. O atendimento funciona da mesma forma que no CAPS Infantil.
O CREAPS atende pacientes maiores de 18 anos com transtornos mentais moderados e leves, como ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do pânico, entre outros. Também faz acompanhamento para tratamento da dependência química. É necessário encaminhamento médico das UBS’s ou outros serviços de saúde, Fórum, Conselho Tutelar, entre outros. O prédio fica na Rua 17, s/n, Jardim Nova Palmares II, com horário de funcionamento das 8h às 17h.
O CASA atende pacientes em sofrimento psíquico leve a moderado e/ou com prejuízos nos processos de comunicação e aprendizagem. Tem como objetivo oferecer atendimento em caráter terapêutico nas áreas de Serviço Social, Psicologia, Pedagogia, Fonoaudiologia, Neuropediatria e Psiquiatria Infantil aos adolescentes de 11 a 18 anos incompletos, envolvendo também os responsáveis e a rede de proteção e atendimento ao adolescente. Os atendimentos são feitos na Rua João Moleta, nº 140 - Bairro Lenheiro, das 7h às 16h30.
Por fim, o CEMAP "José Natal Capovilla" é uma unidade de atendimento especializado para crianças que apresentem dificuldades leves ou moderadas em seu desenvolvimento emocional, comportamental, de aprendizagem e/ou de fala e linguagem. Tem como objetivo oferecer atendimento em caráter terapêutico nas áreas de Serviço Social, Psicologia, Pedagogia, Fonoaudiologia, Neuropediatria e Psiquiatria Infantil às crianças com até 11 anos incompletos, envolvendo também os responsáveis e a rede de proteção e atendimento a criança. O prédio fica na Rua João Moleta, nº 140 - Bairro Lenheiro e funciona das 7h às 16h30.