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JUL
18
18 JUL 2014
Mayr apresenta painel sobre sucesso do rodízio de água em seminário na Ciesp
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O vice-prefeito e presidente do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV), Luiz Mayr Neto, apresentou painel, seguido de debate, sobre a bem-sucedida experiência do rodízio de água em Valinhos no Seminário 'Gerenciamento da escassez de água na indústria', promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e pelo Consórcio da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) nesta quinta-feira (17) no Anfiteatro da Regional Campinas que reuniu autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, empresários e professores, entre outros, da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Mayr lembrou inicialmente que Valinhos capta água de duas fontes: 50% do Rio Atibaia e os 50% restante vêm de mananciais próprios, dos quais 45% vêm de quatro barragens (Figueiras, Moinho Velho, João Antunes dos Santos e Santana do Cuiabano) e 5% de poços profundos.

O presidente do DAEV destacou também as conquistas com o rodízio, em vigor em Valinhos desde 7 de fevereiro. Sem essa medida, o município estaria hoje à beira do colapso no abastecimento de água. Os números falam por si: nos 160 dias completados nesta quinta-feira, 17 de julho, Valinhos economizou cerca de 20% da água consumida na cidade, ou mais de 1,1 bilhão de litros de água, quantidade suficiente para abastecer o município por 38 dias. Antes, o município consumia 37 milhões de litros de água por dia e agora esse número caiu para aproximadamente 30 milhões de litros de água por dia.

A população tem exercido o mais importante papel nessa batalha que grande parte do Estado de São Paulo tem enfrentado para superar a mais severa estiagem da história. Ainda há muito a ser feito até a volta das chuvas e a população tem papel-chave, fazendo uso racional da água, evitando a todo custo lavar quintais, carros e motos, molhar plantas, fechar a torneira ao lavar a louça, escovar os dentes e fazer barba, além de banhos mais rápidos, entre outras medidas que daqui para a frente todos devemos adotar como práticas habituais. É preciso mudar o comportamento e a forma como usamos a água, que é o bem mais precioso e essencial para a vida.

Alertado pela área técnica em novembro de 2013, assim que foram observados os primeiros sinais de que a estiagem se prolongaria, o DAEV lançou uma campanha institucional nos meios de comunicação do município sobre o uso racional da água, com dicas, números e sugestões de simples mudanças de hábitos que seriam essenciais para Valinhos enfrentar a crise hídrica sem riscos de colapso no abastecimento.

Até fevereiro, o sistema de abastecimento operava dentro de uma equação de equilíbrio entre oferta e demanda, ou seja, toda água captada era tratada, distribuída e consumida no mesmo dia, sem margem para armazenamento. O DAEV interligou à rede sete reservatórios, alguns deles estavam prontos e outros aguardavam apenas o processo de desinfecção, para aumentar a capacidade de reservação.

Todas as vezes que acontecia algum imprevisto nessa cadeia, como queda no fornecimento de energia elétrica, por exemplo, os bairros mais elevados e distantes dos centros de produção ficavam sem água. Eram sempre os mesmos locais afetados. O rodízio foi implantado para equilibrar a situação. A medida representou um alívio para a quantidade de água retirada dos mananciais e trouxe equilíbrio para o sistema, com maior justiça, ou seja, todos ficam sem água e contribuem na mesma proporção.

O município foi dividido em sete áreas, abrangendo inclusive as regiões abastecidas por poços profundos. Duas vezes por semana, essas áreas ficam sem água por 18 horas, das 10 horas da manhã até as 4 horas da manhã do dia seguinte. A medida foi considerada um sucesso e deve ser mantida até a volta das chuvas, previstas para meados de setembro ou outubro.

No final de junho, com o pico da estiagem, o DAEV promoveu uma alteração no rodízio, reduzindo de sete para quatro áreas. A mudança, que deu maior agilidade às operações de abertura e fechamento de registros, permitiu restringir o abastecimento mais rapidamente. No modelo anterior, com sete áreas, alguns pequenos setores da parte baixa da cidade ficavam com água por algumas horas, mesmo após o início do rodízio e isso não acontece mais. No debate realizado após as apresentações, Valinhos recebeu diversos elogios pela gestão dos recursos hídricos.

 

Captações emergenciais e investimentos – A Prefeitura e o DAEV anunciaram em junho um pacote com 10 medidas com valor total de R$ 9,5 milhões, boa parte delas com recursos próprios, que vão contribuir para minimizar os efeitos da crise hídrica e ao mesmo tempo viabilizar o desenvolvimento do município. São obras emergenciais como duas captações temporárias dos córregos Invernada e Ponte Alta, construção de três reservatórios de água tratada com capacidade de 1 milhão de litros cada, ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) II, que vai passar a tratar dos atuais 17.280.000 litros por dia para 28.512.000 litros por dia, aumento de 11.232.000 litros diários na oferta de água tratada. A ampliação está sendo feita com 10 anos de atraso. O DAEV teve de economizar recursos para bancá-la, porque Valinhos está impedida de pedir financiamento devido a sua dívida milionária.

Para reduzir as perdas de água, que há cerca de 10 anos em Valinhos eram de 28% e hoje atingem 38%, o DAEV substituirá 12 mil hidrômetros até 2015, dos quais 4 mil já foram trocados neste anos e mais 4 mil até o fim de 2014. A Autarquia também vai instalar 10 macromedidores na saída dos reservatórios. "Fizemos concurso público para repor os servidores do DAEV, que estava desfalcado, e demos capacitação para que alguns técnicos retomem a operação caça-vazamentos durante as madrugadas. Vamos também comprar e instalar Válvulas Redutoras de Pressão (VPR). O desafio é grande, mas a vontade e compromisso de recolocar Valinhos no caminho do desenvolvimento são maiores", anunciou Mayr.

Em parceria com empreendedores da cidade, o DAEV está ampliando a estação elevatória da Rua Campos Sales e trocando suas bombas e deve construir nos próximos meses uma adutora de 2,2 quilômetros de extensão, desde as proximidades do Cristo Redentor, no Bairro Fonte Nova, até a ETA II, para reforçar a adução de água do Rio Atibaia e permitir que o aumento no fornecimento de água para grande parte do município.

É importante reforçar o papel-chave da população neste momento. Como não há previsão de que este inverno seja úmido, cabe a todos nós colocarmos a mão na consciência e usar água apenas para consumo humano, preparação de alimentos e higiene pessoal até a volta das chuvas. Estamos investindo para que no futuro tenhamos dias melhores quanto ao abastecimento de água.

Também participaram do evento Rafael Cervone, presidente do Ciesp; Eduardo San Martin, diretor de Meio Ambiente da Fiesp e do Ciesp; José Nunes Filho, diretor-titular do Ciesp Campinas; Alexandra Facciolli Martins, promotora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA), Núcleo XII, PCJ Piracicaba, Ministério Público do Estado de São Paulo; Antônio Carlos Zuffo, professor da Unicamp; Leandro Zanini Santos, primeiro-vice-diretor do Ciesp de Americana e coordenador da Câmara Técnica da Indústria nos Comitês PCJ; Jorge Galgaro, representante da Rhodia; Cinthia de Vecchi Hax, representante do Grupo Ypê; Stefan Rohr, representante da Miracema – Nuodex; Jorge Mercanti, representante da Petrobras; Paulo Tinel, representante da Sanasa; além de representantes dos Comitês PCJ.

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