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ABR
24
24 ABR 2014
Educador da rede municipal retorna a Valinhos após um ano no Timor-Leste
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Após viver um ano em Timor-Leste (Sudeste da Ásia), conhecida como a lendária "Ilha do Crocodilo" (pelo formato se assemelhar ao do réptil), o educador Luís Gustavo Guimarães, de 32 anos, e que atua na rede municipal de ensino de Valinhos como coordenador pedagógico, retornou ao Brasil trazendo na bagagem nova qualificação profissional e experiências vividas junto ao povo timorense. Lá ele atuou na formação de professores e no ensino de língua portuguesa desde fevereiro de 2013.

O servidor da Secretaria Municipal de Educação trabalhou no Programa de Qualificação de Docentes e Ensino de Língua Portuguesa no Timor-Leste (PQLP) do Ministério da Educação (ME) e das Relações Exteriores (MRE) do Brasil promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), sob a orientação acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A República Democrática do Timor Leste (ex-colônia Portuguesa) é um dos países mais novos do mundo. Está a mais de 20 mil quilômetros de distância do Brasil. A pequena ilha, terra dos crocodilos e que possui muitos mitos e belezas naturais, em função do referendo pela independência em 1999 passou por diversos conflitos.

O país ficou mais de 90% destruído, restaurando sua independência em 2002. Sua reconstrução ocorre com a ajuda da ONU (Organização das Nações Unidas) e os brasileiros, desde então, cooperam com esta renovação e formação do Estado Timorense, dentre várias iniciativas, uma delas o PQLP. Todos os anos, um grupo de profissionais, com experiência em formação docente, embarca para o pequeno país.

O educador explicou que o português foi escolhido como uma das duas línguas oficiais. Um desafio para a nova nação, já que apenas a população mais idosa e próxima à capital, Díli, fala o idioma. Há 16 línguas locais, num país menor do que o estado de Sergipe.


Reconhecimento - Esta semana, Guimarães foi recebido pelo prefeito Clayton Machado, em seu gabinete, com a presença do secretário municipal da Educação, o professor Danilo Sorroce, para narrar suas vivências e receber as congratulações pela iniciativa.

Na oportunidade, o pedagogo presenteou ambos com um tecido tradicional daquele país, o "tais", confeccionado manualmente pelas mulheres timorenses, cujos traços identificam o grupo étnico dividido nos diversos distritos, e utilizado em cerimônias. "Hoje, após participar da missão de educação no Timor-Leste, lhes entrego esta selenda como símbolo do meu respeito e amizade. Suas cores preto, vermelho e amarelo representam as cores da bandeira de Timor", explicou Luís.

O prefeito Clayton elogiou a iniciativa de Guimarães e salientou a importância da educação como uma das condições para o desenvolvimento de um município, de um estado e de um país.

"A educação timorense segue estrutura similar a Brasileira, entretanto há muito por ser feito desde a formação dos professores até a construção de escolas. Há unidades que chegam a ter mais de 50 alunos em sala de aula, em outras faltam materiais básicos por exemplo. No processo de reconstrução do país, quem sabia língua portuguesa assumiu turmas, pois a maior parte do contingente de professores era de indonésios e retornou ao seu país de origem", contou Luís ao prefeito.

Luís ainda relatou que participou de projetos de formação de professores de diferentes níveis de ensino, ministrou aulas na Universidade Nacional de Timor-Leste, assessorou a elaboração de material didático audiovisual no Ministério da Educação e realizou oficinas de confecção de brinquedos e cinema.


Qualificação - Além das atividades regulares do PQLP o professor participou de aulas de língua tétum e realizou atividades voluntárias. Juntamente com outros dois professores, Luís produziu um documentário sobre dança tradicional com o grupo Front Art Cultura – Front Trabalhador Maubere. O trabalho foi vencedor na categoria documentário, Cineminuto, no Festival Internacional de Micro Cinema, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul.

"Um dos maiores desafios foi o ambiente linguístico extremamente complexo que é composto de 16 línguas nativas, duas línguas oficiais (Língua Portuguesa e Tétum), duas línguas de trabalho (Inglês e Indonésio). Também incluo a variante portuguesa (Portugal) da nossa língua portuguesa e outras, como chinês. Para se ter uma ideia, para comprar pão ou pedir informação era necessário colocar em jogo dois a quatro idiomas para atingir o objetivo. O choque-cultural foi sendo diluído a medida que fomos estudando para conhecer e convivendo para estabelecer vínculos", conta.

"O carinho dos familiares, dos amigos, além da concessão da licença e o apoio da Prefeitura de Valinhos me proporcionaram maior segurança para enfrentar os desafios desta missão", completa.

Ao ser questionado a respeito do seu futuro profissional, Luís afirma que se sente pronto para novos desafios no Brasil ou em outros países. Ele acredita que o estudo, a pesquisa e o aperfeiçoamento são fundamentais. Atualmente o pedagogo coordena as escolas EMEB 'Da. Carolina de Oliveira Sigrist' e EMEB Capivari, na zona rural de Valinhos, com duas importantes frentes de trabalho: recuperar os índices de aprendizagem e colaborar com o projeto de Escola de Tempo Integral "Mais Educação do Ministério da Educação", em fase de implantação na Rede Municipal.

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