Um urutau, conhecido como Mãe da lua (Nyctibius griseus), escolheu a área verde ao lado da Estação de Tratamento de Água (ETA) II do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) para descansar durante esta terça-feira, dia 1º de outubro.
De acordo com o site 'Wikipedia', trata-se de uma ave rara típica do Cerrado que utiliza muito bem a plumagem para se esconder dos predadores. Normalmente se passa por um pedaço de madeira, um galho de árvore ou mesmo troncos partidos ou em pé, mas a visitante do DAEV escolheu um pilar de concreto branco para dormir e passou o dia sem ser importunada. Costuma ficar estática, não se assustando facilmente.
A ave, de hábitos noturnos, não é acostumada ao convívio urbano e foi alvo das atenções de servidores e visitantes da autarquia, que ficaram encantados.
O urutau alcança até 37 centímetros fora a cauda e alimenta-se basicamente de insetos que apanha em pleno voo, principalmente os grandes, porém pode comer outros animais de pequeno porte, como morcegos, lagartos e pequenos pássaros.
Segundo a crença popular, o urutau é tido como nobre pelos moradores rurais por simbolizar força e pela forma como se protege dos perigos e dos predadores. A ave, por seu canto, figura entre várias lendas. Segundo os sertanejos, o urutau aparece na hora em que a lua nasce e seu canto triste se assemelha a "foi, foi, foi...". Uma lenda diz que o pássaro seria uma mulher que perdera seu amor. Por isto, ele teria o nome de pássaro-fantasma. Outros dizem que o canto da ave é um presságio ou aviso de morte de algum familiar. Identificado também, pela sua maneira de pousar em tocos, como emenda-toco.