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Além da limpeza da boca de lobos e do desassoreamento de córregos, ações realizadas no 1º semestre somaram R$ 14 milhões

Os estragos decorrentes do temporal de domingo (8) na Região Metropolitana de Campinas (RMC) só não tiveram consequências mais graves em Valinhos devido ao pacote de obras emergenciais realizado pela Prefeitura no início do ano. A constatação é da Defesa Civil, que divulgou nesta terça-feira (10) o volume comparativo de chuvas. Em apenas um dia, no domingo, foram 77 milímetros, ultrapassando a média esperada para todo o mês - 98,73.

As medidas executadas incluíram a recuperação de vias com infiltração, obras de contenção e estabilização de talude, reconstrução de ponte, reassentamento das aduelas até drenagem.

O trecho da Rua Laerte de Paiva, por exemplo, no bairro Macuco, que erodiu por conta de infiltrações provocadas pelas chuvas de dezembro, recebeu aduelas de concreto. "Essas aduelas possibilitam o escoamento adequado da água, evitando o alagamento e suas consequências principalmente em dias com quantidade de chuva que surpreendeu até os meteorologistas", explica o diretor da Defesa Civil, Marcos de Paula.

Na Estrada Luiz de Queiroz Guimarães, na Reforma Agrária, foram feitas obras de contenção e estabilização de talude erodido, construção de escadas hidráulicas, execução de grampeamento de solo e drenagem superficial.

Outra obra foi na Estrada Governador Mário Covas, no bairro Sigrist, com a demolição do que restava da ponte de madeira que dá acesso à EMEB Dª Carolina de Oliveira Sigrist. A ponte tinha risco de queda e a reconstrução foi executada utilizando aduelas de concreto, além da recomposição do pavimento e instalação de guarda-corpo no passeio. "Sem dúvida essa intervenção nunca antes executada garantiu o acesso dos moradores com mais segurança" pontua o secretário de Serviços Públicos, Mário Ivo Mengon, que também é engenheiro.

Dentre as outras obras, segundo ele, destacam-se a da Rua Antonio Musselli, no bairro Monte Verde, onde teve retirada de solo do topo do talude, contenção da margem da via, construção de escada hidráulica e boca de lobo, recomposição de solo para reconstrução da via/passeio e construção de passeio. Houve colocação de guarda-corpo na calçada e plantio de grama no talude remanescente.

Outra obra finalizada foi a de recuperação e proteção do talude do córrego da Rua Silvestre Chiari, no Bom Retiro. "No local foi construído um muro de contenção para suporte da encosta, sendo feita a recomposição da encosta e do pavimento, além de calçada", explica.

As obras da Rua Ernesto Pochio, no Beira Rio, resultaram na recuperação e proteção do talude nas margens do pesqueiro. Ainda foi construído um canal aberto feito de concreto e uma estrutura de contenção usando gabiões para conter o solo e controlar a velocidade da água. Na travessia, foi feito o reassentamento das aduelas já existentes e instaladas novas para ampliar a extensão da passagem. Também foram executados ajustes na drenagem superficial para garantir o escoamento e direcionamento da água e concretagem de pequena parte da parede de contenção do canal no entorno do pesqueiro, além de intervenções nos taludes lateral do canal e na travessia, finalização da execução dos aparelhos de drenagem pluvial, instalação da laje do topo das aduelas e acomodação do talude nas laterais da aduela, encerrando com o recape da parte onde houve intervenção.

CÓRREGOS

Para o desassoreamento do Córrego Invernada, local que historicamente tem mais vazão de água e costuma registrar alagamentos, a prefeita Capitã Lucimara Godoy buscou recursos externos para a retirada de areia, que é trazida pelas águas e que com o passar do tempo vão se sedimentando no leito do córrego.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, outro córrego que teve o desassoreamento concluído foi o Mathias nos trechos da Rodoviária, Centro de Artes, Cultura e Comércio Adoniran Barbosa (CACC) e Praça Brasil 500 anos.
Nas proximidades desses dois córregos também já foram executadas inúmeras limpezas de boca do lobo e de galeria de águas pluviais.