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JUN
14
14 JUN 2013
Perdas com água crescem 35,7% em 8 anos e obrigam Valinhos a pedir verba federal
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No início do século 20, Valinhos descobriu sua vocação turística, por iniciativa do então prefeito de Campinas Orozimbo Maia, que transformou sua Fazenda Cachoeira na Fazenda Hotel Fonte Sônia ao notar que a nascente de sua propriedade tinha propriedades curativas depois que um de seus funcionários havia se curado de um problema nos rins por consumir a água daquele local durante anos.

A água que deu fama a Valinhos há cerca de 100 anos é escassa hoje. A principal razão é a falta de investimentos que não foram feitos nos últimos oito anos na captação e em perdas, que subiram de 28% para 38%, ou 35,7% de crescimento no período. Essa água que poderia ser efetivamente consumida ainda livraria o município de buscar verba federal a fundo perdido para aumentar a atual oferta de abastecimento.

O sistema opera acima da capacidade para atender à demanda e a cidade usa hoje toda a água que capta e trata. O Departamento de Águas e Esgotos (DAEV) produz diariamente 40 milhões de litros de água, ou cerca de 385 litros por habitante ao dia. De acordo com o portal www.planetasustentavel.abril.com.br/agua, da Editora Abril, o Brasil consome por dia em média 187 litros. Esses números também são altíssimos em países desenvolvidos, que gastam mais por habitante. O Canadá é o maior consumidor de água por pessoa no mundo, com 600 litros per capita/dia. Os Estados Unidos e o Japão gastam cerca de 350 litros por dia por pessoa.

Valinhos consome hoje três vezes mais água que o recomendado pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU). Segundo a entidade, cada pessoa necessita de 3.300 litros de água por mês, ou cerca de 110 litros por dia, para atender as necessidades de consumo e higiene em geral. Ou seja, gastar mais do que isso é desperdício. Mas esses números, na prática, são assustadores, ainda mais se considerarmos as previsões de escassez, tornando esse líquido caro e raro. Portanto, economizar água é plantar um futuro melhor para nossos filhos e netos.

O sistema de tratamento e distribuição de água do DAEV trabalha no limite e em equilíbrio. Qualquer problema em equipamentos, uma queda de energia elétrica ou manutenção de emergência vai faltar água em algum lugar da cidade, principalmente nos bairros mais altos e distantes do centro de produção de água.

Os números impressionam e a conclusão é que se nada fosse feito, Valinhos viveria a realidade de um país africano, como Moçambique, que tem o menor consumo de água por pessoa, de 23 litros/dia, mas isso não pela conscientização da população com relação ao desperdício, e sim pela falta do recurso natural.

 

ENCARAR O PROBLEMA – Após assumir a administração municipal, o prefeito Clayton Machado e o presidente do DAEV, Luiz Mayr Neto, decidiram enfrentar o problema com criatividade e ousadia. Como Valinhos está com sua capacidade de financiamento esgotada em razão do elevado nível de endividamento, a saída foi aplicar recursos próprios na ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) II e buscar verba a fundo perdido do governo federal para aumentar a captação desde o Rio Atibaia.

"Não mediremos esforços para resolver esse problema, que afeta toda a população e ainda atrapalha o crescimento do nosso município", afirma Mayr, ao anunciar que somente na ampliação da ETA II serão investidos R$ 5 milhões para aumentar a produção de água em cerca de 4 milhões de litros por dia. "As obras serão iniciadas no segundo semestre e a expectativa é de finalizá-las em 18 meses."

Já a captação depende da liberação do projeto em Brasília e a expectativa é receber R$ 10,7 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) para reforçar o sistema com 14 milhões de litros de água por dia e entregar a segunda tubulação em três anos.

A gestão da água não é simplesmente aumentar a captação. É preciso reduzir o desperdício. Há 9 anos, Valinhos era modelo no setor, com perdas de 28% da água produzida. Hoje, são 38%. A cada 100 litros produzidos, 38 litros são perdidos. "Valinhos não estaria sofrendo hoje com o problema de abastecimento nem precisaria buscar recursos se tivesse combatido as perdas nestes últimos anos", desabafa Mayr.

A solução para este problema também já foi adotada. O DAEV vai substituir cerca de 15 mil hidrômetros em quatro anos, além de instalar válvulas redutoras de pressão e a volta da operação caça-vazamento, que estava desativada havia oito anos. Naquela época, os técnicos varriam a rede de água durante as madrugadas e identificavam em média cinco vazamentos por noite. Os locais eram demarcados e no dia seguinte o setor de Manutenção consertava a tubulação danificada.

 

CAMPANHA EDUCATIVA – Enquanto essas medidas não surtem efeito, por serem de médio e longo prazos, o DAEV lançou uma campanha educativa para orientar a população sobre a necessidade urgente de uso racional da água e economizar o líquido essencial para a vida.

Neste mês de junho, os consumidores recebem junto com a conta de consumo um folheto explicativo sobre a necessidade e importância de se economizar água. São dicas simples e cuidados básicos que farão toda a diferença se observados e ajudarão a equilibrar o fornecimento. Quem ganha com isso são as pessoas, a cidade e o meio ambiente.

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