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Notícias
JUL
01
01 JUL 2016
Praça Washington Luís será o primeiro espaço público com conceito inteligente da RMC
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Após 30 anos de espera e sem custos aos cofres públicos, um dos principais cartões postais da cidade começou a ser revitalizado

Um dos cenários mais tradicionais de Valinhos que faz parte da memória afetiva de muitos valinhenses, a Praça Washington Luís, começou a ser revitalizado no último mês, para se tornar o primeiro espaço público inteligente da Região Metropolitana de Campinas (RMC). A obra está sendo custeada integralmente por empreendedores da cidade, como contrapartida exigida pela Prefeitura.

O local não recebia manutenções há 30 anos e agora seguirá o conceito ‘Smart Place’,  com projeto arquitetônico que preserva características marcantes da obras e ao mesmo tempo traz modernidade a região. O objetivo principal da reforma é devolver a praça aos valinhenses, já que por falta de reformas e cuidados ao longo dos últimos anos, ela deixou de ser frequentada pelas famílias.

Interatividade, acessibilidade e espaço para apresentações são algumas das características do projeto

A fonte luminosa, um dos símbolos da Praça, será integralmente reconstruída, assim como piso e os banheiros que deixarão de ser subterrâneos.

Também está prevista a implantação de iluminação inteligente com luz led, colocação de novas lixeiras e bancos, acesso à internet gratuito, espaço para apresentações artísticas e área de alimentação, academia ao ar livre, playground, além de novo projeto paisagístico.

As muitas árvores espalhadas pela praça ganharão QR Code para identificação das espécies e estudo de meio para aulas interativas com as crianças.

Ao se conectar via Wi-fi, o cidadão terá acesso a um moderno sistema digital que possibilitará que o mesmo opine sobre diferentes áreas da cidade, reivindicando obras e melhorias. “O conceito de praça inteligente é muito utilizado nos países desenvolvidos e permite ao cidadão uma experiência interativa bem interessante”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Torrezin.

O local ainda comportará espaço para sediar apresentações culturais diversas e atrações, como food trucks e eventos relacionados.  Além destas melhorias, a Praça será 100% acessível e inteiramente monitorada por câmeras, interligadas ao sistema da Guarda Civil Municipal.

Por questões de higiene, pombal é extinto

O antigo pombal, cujas janelas estavam fechadas desde a administração passada, foi demolido por questões de higiene e saúde pública e dará lugar a novos equipamentos públicos, incluindo espaço propício para sediar eventos de alimentação.

De acordo com o médico veterinário, Mauro Pereira da Silva Neto, do Centro de Zoonoses da Prefeitura, os pombos parecem aves inofensivas, mas transmitem diversas doenças para os seres humanos. “A melhor forma de evitar a contaminação de doenças transmitidas pelos pombos é não permitir que eles se reproduzam, evitando dar alimentos ou condições para que façam ninhos”, destacou.

Entre as doenças transmitidas pelos pombos, destacam-se a criptococose, a histoplasmose e a salmonelose, que ocasionam diversos efeitos indesejáveis e podem levar à morte quando não tratadas. “Constantemente recebemos chamados de moradores por infestação de pombos em residências. Vamos até o local e orientamos como devem proceder para manter a casa limpa e protegida”.

Espaço foi sede de grandes e memoráveis eventos

Inaugurada em dezembro de 1967, a Praça Washington Luís é um dos maiores espaços urbanos de lazer da cidade, com cerca de 14 mil m².   Lembra o diretor parlamentar da Câmara Municipal, Nilson Luiz Mathedi, que o nascimento da praça se deu com o loteamento da chácara em frente à antiga Gessy Lever, na gestão do prefeito José Spadaccia (1959-1962), autor da denominação do local.

“Com o loteamento, sobrou um terreno muito bonito, cheio de mato, ao lado da Praça Getúlio Vargas. A Prefeitura comprou a área e como não tinha dinheiro para construir, deu uma arrumada no local, colocou bancos e fez um jardim. Somente na gestão do então prefeito Vicente Marchiori (1967- 1969), ela começou a ser urbanizada com a implantação da fonte e do pombal”, conta.  

 A partir daí, o local passou a ser bastante frequentado pelas famílias e se tornou o principal cartão-postal da cidade, a partir da década de 70, conforme destaca o vice-presidente da APHV (Associação de Preservação Histórica de Valinhos), Marcel Pazinatto.

Segundo ele, a Praça Washington Luís tem grande relevância na história de Valinhos tanto por sua arquitetura quanto pelos importantes eventos que abrigou como algumas edições da Festa do Figo, Festas do Folclore, primeira e segunda Festa Italiana, comemoração do centenário da imigração e primeiros encontros de carros antigos. “Além disso, por um período de tempo, representou o principal ponto de lazer da cidade e permanece na memória afetiva de grande parte da população que teve o privilégio de conhecer a praça em seu auge”, destacou.

Em 1969, a praça passou a sediar a Festa do Figo, quando deixou de ser realizada pela Igreja Matriz São Sebastião e a organização ficou por conta da Prefeitura, em função da grandiosidade do evento. “A praça comportou bem a estrutura da época. O terreno onde é hoje a sede da Terceira Idade foi o Pavilhão industrial, na rua ao lado da Caixa Econômica Federal montamos a praça de alimentação e, acima, ficou a Exposição de Frutas”, relembra o jornalista Dunga Santos, presidente da Comissão Organizadora desta edição.

Entre pipoca e algodão doce, muitos amores nasceram

Muitos casais também descobriram o amor entre os espelhos d’água da Praça. Como o casal Rodrigues. Fátima Borges e José Rodrigues de Souza Neto começaram a namorar em 1973, após muitos flertes na ‘Washington Luís’. Ela é manicure, vinhedense e vinha a Valinhos, acompanhada da irmã, Aparecida. "Naquela época, os moços e moças ficavam sentados na escadaria da praça. Comíamos pipoca, maçã do amor e ficávamos perto do chafariz", relembra. “Muita gente de Vinhedo vinha a Valinhos porque a praça era ponto de referência”.  

Os dois casaram-se, têm dois filhos e Fátima mudou-se para Valinhos, cidade que reside até hoje com a família.

Quem também tem muitas recordações do local é a família do saudoso Mário Garcia, o pipoqueiro oficial da Praça desde a sua inauguração. Entre pipocas, geladinhos, paçocas, maçãs do amor e raspadinhas, Seu Mário acompanhou muitas histórias e brigas de amor até o seu último dia de trabalho, em 2007. “Temos uma recordação muito boa daqueles tempos, principalmente da fonte luminosa da praça. Uma pena ela ter ficado tanto tempo abandonada, até os namorados deixaram de ir”, conta Paulo César Garcia, um dos cinco dos sete filhos de Seu Mário que decidiram seguir o ofício do patriarca, comercializando guloseimas em parques, praças e escolas da cidade.  “A reforma veio em boa hora, estou ansioso para conhecer”, comemorou.

LEGENDA DAS FOTOS:

Acervo Haroldo Pazinatto: 1- Festa do Figo na Praça Washington Luiz. Valinhos, SP, cerca 1973. À extrema direita, ao fundo, a Escola Estadual Professor Antonio Alves Aranha. 2- Fonte Luminosa e decorações do Natal de 1976.

PMV: Casal Rodrigues: história de amor começou na Praça.

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