Passeio encanta pela beleza natural, degustação e explicações dos guias
O roteiro do agroturismo continua encantando mesmo quem já esteve na cidade em outros anos. Muitos que lotam os ônibus visitam as propriedades agrícolas novamente, trazendo parentes ou em grupos. Os ‘novatos’ se deliciam com a recepção dos proprietários e a degustação de frutas, doces, sucos, licores e outros. A maioria, após as explicações dos guias, passa a enxergar o trabalho do produtor com outros olhos.
Em um passeio, que dura em média 2h30, aos sábados e domingos até as 17h, é possível conhecer a zona rural de Valinhos, especificamente os bairros do Macuco e Reforma Agrária, além de receber informações sobre a produção agrícola local. O monitor explica, durante o percurso, detalhes das plantações, curiosidades e o envolvimento com constituição do município.
O roteiro inclui três paradas obrigatórias por R$ 12 (crianças até cinco anos não pagam): Camping Macuco e Parque Aquático, que possui área para camping, chalés, lagoa, complexo aquático, trilhas e espaço para pesca; a Adega do Tio Mário; e o Sítio Kusakariba. Os passeios não seguem, necessariamente, nesta ordem. A passagem pela ‘Casinha de Madeira’, para apreciação do artesanato em cerâmica do artista Aldemir Cândido, depende da produção do ceramista, tornando-se um ‘extra’.
As propriedades visitadas mantêm boa estrutura, como sinalização, banheiro, água, área de descanso coberta, além das vendas e degustação. Num dos ônibus, um grupo da Terceira Idade de Bragança Paulista, com cerca de 15 visitantes, fez o passeio. A aposentada Eva Maria de Oliveira Basttini, 68 anos, era uma das mais animadas. Em sua segunda visita à Festa do Figo e Expogoiaba, ela garante que tudo a encanta.
“É tudo lindo”, entusiasmava-se. Conforme ela, é um passeio que recomenda a qualquer idade. “Eu gosto muito das explicações dos guias”, acrescentou. A pensionista de São Paulo Sandra Aparecida dos Santos, 51 anos, trouxe desta vez a neta, Victória, de 11 anos, para acompanhar o trajeto rural. “Eu comprei muita coisa, como manga, goiaba, quiabo. Eu sempre levo alguma coisa pra casa”, diz.
O paulistano Eliezer Santos Oliveira, 26 anos, analista financeiro, visitou a festa e fez o roteiro do agroturismo pela primeira vez, acompanhado da namorada Flávia e sua filha Iara, de seis anos. “A gente não tem contato com a natureza desta forma em São Paulo”, relata. Segundo ele, vai retornar ainda nesta edição para trazer a mãe para conhecer a cidade. Em sua opinião, o passeio cria consciência sobre o trabalho do produtor. “Se você pergunta para criança onde dá a fruta, ela responde que é no supermercado”, exemplifica.
Rendimento – Os donos das propriedades visitadas garantem que a festa ajuda a divulgar os locais e manter a visitação durante todo o ano. “Traz retorno às visitas, mas é algo trabalhoso”, afirma Mário Scabello, da Adega do Tio Mário, que abre o local há 13 anos. Segundo ele, o visitante muitas vezes não compra nada. “Porém, acabam voltando e trazem famílias ou grupos”, adiantou. A expectativa é que os três finais de semana da festa renda em torno de R$ 15 mil.
Teruo Kusakariba, do sítio que leva seu sobrenome e cultiva goiaba, acredita que a visitação rende até 30% dos vencimentos do local. O pai, Shigueru, foi um dos pioneiros no cultivo da goiaba, em 1960. Hoje, o sítio inicia o cultivo da goiaba roxa, uma derivação da vermelha. “Depois da visitação, as pessoas valorizam mais o trabalho do produtor”, reconhece.
SERVIÇO:
67ª Festa do Figo e 22ª Expogoiaba de Valinhos
Período: De 16 de janeiro a 31 de janeiro de 2016
Entrada gratuita
Horários:
Terça a sexta-feira: 18h às 23h
Em 20 de janeiro, feriado municipal do padroeiro São Sebastião, funcionamento das 10h às 23h
Sábados e domingos: 10h às 23h
Local: Parque Municipal ‘Monsenhor Bruno Nardini’
Rua Dom João VI, s/nº – Jardim Planalto
Telefone: (19) 3849-5557
Site www.festadofigo.com.br
www.facebook.com/festadofigo
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Sala de Imprensa no interior do Pavilhão Industrial
18-01-2016