Iniciativa proposta pela Câmara Temática de Cultura da RMC contempla os municípios de Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas
Em reunião da Câmara Temática de Cultura da Região Metropolitana de Campinas (RMC) realizada na manhã de terça-feira, 22/9, dentro do Revelando SP, dirigentes culturais de 11 municípios, aprovaram a criação de um ‘Corredor Cultural’ entre as cidades de Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas. O objetivo da proposta é criar ações colaborativas entre os municípios, incentivando e estimulando a cena cultural na região.
Segundo o secretário de Cultura e Turismo, André dos Reis, esses municípios, além de estarem situados à Rodovia Anhanguera, estão unidos pela história das ferrovias. “A proposta é simples, distribuir, partilhar o que cada município possui, com o objetivo de levar as nossas atrações à região”, destacou.
Além do intercâmbio, os representantes dessas cidades cogitaram a possibilidade de criar um consórcio intermunicipal para fomentar as ações no trecho. “O consórcio propiciaria, por exemplo, uma abertura no setor privado, contratações via CLT, ampliar o valor de carta convite, etc. Tudo isso traria mais agilidade para desenvolver os projetos”, explicou o presidente da Câmara Temática de Cultura, e também secretário da pasta em Campinas, Ney Carrasco.
Possíveis parcerias com empresas, como a CCR AutoBAn - concessionária que administra a Rodovia Anhanguera - também foram citadas pelo grupo que formalizará, nos próximos encontros, um inventário das atividades existentes em cada município e uma minuta com as regras da parceria.
Transreligiosidade em pauta
A discussão sobre o patrocínio e execução de eventos religiosos também esteve em pauta na reunião. O debate procurou identificar que tipos de atividades podem ser consideradas culturais e religiosas. De acordo com o especialista e diretor cultural da Abaçaí, Toninho Macedo, que possui vasto trabalho acadêmico na área, a transdisciplinaridade é estimulada e defendida pela Unesco como patrimônio cultural. “A religiosidade tem de ser respeitada, até porque é comum a todas as doutrinas. Suas manifestações é que se dividem. No entanto, elas são uma livre expressão das tradições, por isso mesmo é que nos permitem transitar livremente por todas elas. A religiosidade não tem dono e não tem nome, o problema é a doutrinação. Nosso dever é estimular essa convivência entre todas, o que chamamos de transreligiosidade”, detalhou.
23-09-2015