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23
23 MAR 2018
Valinhos ganha espaço para acolhimento de morador de rua
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Valinhos dá em abril mais um passo para consolidação de uma política pública de acolhimento dos moradores de rua na cidade com a inauguração do Centro Especializado de Abordagem Social (Ceas). A instituição vai funcionar no prédio do antigo Centro Comunitário do Boa Esperança.

As obras do local estão em fase final e ele vai se juntar à Casa de Acolhida Vila Solidária, entidade mantida pela Igreja Católica, com apoio do Município, para atender moradores em situação de rua. A Casa, que ganhou o apelido de “Lugar do Padre”, por ter sido idealizada e gerida pelo padre Dalmirio do Amaral, está funcionando desde o ano passado, mas de forma provisória. No próximo mês ela deve ser formalizada e efetivamente entrar no esquema de acolhimento oferecido pelo Município.

Estudo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social revela que existiam, em fevereiro, 55 pessoas vivendo nas ruas de Valinhos. Esse estudo vem sendo feito desde o começo de 2017, mês a mês, com informações colhidas junto aos moradores abordados, com objetivo de direcionar as ações do Município.

Parte desse grupo é composta pelos chamados “trecheiros”, que são pessoas de outros municípios que costumam andar pela região, de cidade em cidade, fazendo bicos e pedindo dinheiro nas ruas e em cruzamentos viários.

Outra parte é composta por artistas de rua, que retiram a subsistência de atividades como malabarismo nos semáforos em troca de moedas. Por fim, uma outra parte é composta por pessoas que saíram de casa por desavenças familiares, problemas com álcool ou drogas ou simplesmente por estarem sem condições de se manter.

Para conhecer um pouco melhor essas pessoas e suas reais necessidades, a Prefeitura tem feito ações diárias nas ruas da cidade. Só em fevereiro foram feitos quase 350 atendimentos a esses 55 moradores em situação de rua – uma média de 7 para cada um. Em fevereiro, por exemplo, 18 moradores foram encaminhados a pelo menos um tipo de atendimento no Município.

“O trabalho de acolhimento, a verdadeira ação social com esses moradores de rua, começa com o que chamamos de uma escuta específica. É nesse momento, da abordagem, que ouvimos quem é essa pessoa, o que ela quer, o que ela espera da vida. Com base nesses relatórios podemos encaminhar esse cidadão para a rede de saúde, para obter um documento pessoal, para a assistência social. Estamos construindo uma perspectiva para a vida dele a partir de seus desejos pessoais”, afirma Alex Sandro Dias Marcondes, profissional que coordena as abordagens e encaminhamentos da Prefeitura nas ruas de Valinhos.

Porém, segundo ele, nem todos estão dispostos a aceitar o atendimento e encaminhamentos. “São pessoas que querem seguir livres pelas ruas, caminhando de cidade em cidade. Para eles vamos oferecer uma estrutura onde poderão se alimentar, lavar roupas, tomar um banho, sair um pouco da rua”, disse.

Além da abordagem e do acolhimento nas duas casas, a Prefeitura e a Igreja vão oferecer nos novos espaços condições para que os moradores de rua possam se alimentar, receber atendimento médico e psicossocial e até tomar um banho e descansar. Outro serviço oferecido é o suporte para que eles possam buscar uma recolocação profissional.

“Entendemos que a construção de uma política pública para esse tipo de tema deve ser intersetorial. Não podemos entender que é uma ação exclusiva da Assistência Social. É preciso a integração de outras áreas, como Saúde, Segurança, Educação e Cultura. A parte da secretaria, prevista na Política Nacional, está sendo executado. Vai faltar agora a instalação na cidade de um Centro Pop”, disse Dulce Maria de Paula Souza.

A Casa de Acolhida Vida Solidária está em funcionamento desde o ano passado. Fica em escola do Joapiranga cedida pelo Município para o trabalho social. Já o Centro de Abordagem, que se situa no Centro Comunitário do Boa Esperança está sendo reformado e a previsão de início de atividades é para primeira quinzena de abril.

Outras trabalhos que estão sendo realizados pela secretaria são a inclusão de pessoas em situação de rua no Cadastro Único do Governo Federal, a inclusão dessas pessoas em listas de benefícios como o Bolsa Família e a promoção de oportunidades de trabalho.

A Prefeitura tem ainda realizado debates com objetivo de sensibilizar a opinião pública sobre a necessidade de mudança de paradigmas culturais relacionados aos direitos humanos, econômicos, sociais e culturais da população em situação de rua. “Não podemos simplesmente pensar que tirar essas pessoas da nossa frente seja a solução adequada para o problema. Temos que estar prontos e capacitados para prestar um atendimento humano e efetivo”, disse a secretária Dulce.

Debate

No próximo dia 11 de abril, a partir de 14h, Valinhos recebe a psicóloga Karina Sabedot, da Defensoria Pública de Piracicaba, para debater o assunto moradores em situação de rua. É o terceiro encontro na cidade desde o ano passado com esse objetivo. A série de debates foi aberta pela vereadora Dalva Berto, militante dos direitos das mulheres.

“É muito importante a gente discutir com a sociedade, ouvir o que as pessoas pensam sobre o problema. Eu sei que ele incomoda muita gente, mas a Prefeitura não pode simplesmente virar de costas para o assunto. O debate é esclarecedor. Gostaria de convidar as pessoas a discutirem conosco”, disse Dulce.

 

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