A organização da 69ª Festa do Figo e 24ª Expogoiaba, em janeiro e fevereiro de 2018, custou aos cofres públicos municipais apenas R$ 16 mil. O resultado ficou próximo da edição de 2017, que custou R$ 6,2 mil, mas ainda é muito melhor para os cofres do Município dos anos anteriores, como 2014, quando a administração municipal aplicou R$ 1,478 milhão na festa (veja gráfico em anexo).
A Prefeitura obtém o resultado financeiro após cruzar as receitas e despesas do evento, que teve público de cerca de 155 mil pessoas em seus 12 dias de realização.
O resultado financeiro expressivo foi possível mesmo com a realização de uma festa repleta de inovações e diversão, onde a segurança e a atenção aos produtores e aos visitantes foram os fatores mais importantes na hora do planejamento. A ideia era realizar uma confraternização para as famílias da região.
Além disso, a festa foi um sucesso sob o ponto de vista de negócios. Segundo o Sindicato Rural, foram comercializadas 222 toneladas de frutas na 69ª Festa do Figo e 24ª Expogoiaba, tanto no pavilhão quanto no leilão de frutas, no período entre os dias 20 de janeiro e 4 de fevereiro. “A festa existe em função do produtor. Ficamos muito satisfeitos com as boas vendas realizadas pelos nossos agricultores”, diz o presidente da Comissão Organizadora, Luís Gustavo Previtali.
Segundo o sindicato, o maior consumo foi de figo e goiaba. Segundo a Associação Agrícola de Valinhos e Região, do volume vendido, 80% são figos e goiabas. A novidade este ano foi a uva Pilar Moscato, que veio pelas mãos de agricultores de uma cooperativa de Pilar do Sul (SP).
O principal investimento desta edição da festa foi em segurança, considerado um dos itens mais caros em um evento dessa envergadura. Desde o ano passado, a Festa do Figo passou o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) tanto para o espaço físico, realizado no Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini, quanto para a festa, envolvendo os estandes e atrações. “Este ano, renovamos o AVCB. Nunca teve alvará para o espaço e a festa”, diz Luís Gustavo Previtali.
Outra novidade foram as câmeras de monitoramento nas entradas e saídas da festa, além de locais estratégicos, o que auxiliou o trabalho da Guarda Civil Municipal (GCM), da Polícia Militar (PM), além da empresa privada de segurança. O monitoramento foi uma parceria com esta empresa.
A preocupação com segurança do valinhense e turista se estendeu ao Desfile de Cavaleiros, Muladeiros e Charreteiros, realizado no dia 14 de janeiro, antecedendo a abertura oficial da festa. “Ficou à disposição no desfile a operadora de saúde Unimed, além de segurança e a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)”, afirma o presidente.
Satisfação - Conforto também foi um item indispensável nesta edição. Este ano, a Comissão Organizadora se preocupou inclusive em ampliar as áreas cobertas, tais como para alimentação, estacionamento e arena. Segundo Previtali, a estrutura exige anualmente sempre mais investimentos.
Ele classifica esta edição da Festa do Figo como “maravilhosa”. “Conseguimos conciliar a tradição, envolvendo diversão e vendas, com segurança. Inovamos com o Espaço Italiano e a arena de gastronomia, espaços que foram muito bem aceitos”, afirma.
Outra novidade foi a atração de palhaços, que percorreram a festa levando animação e interagindo com os visitantes - que puderam ainda conhecer um pouco mais da cidade, por meio dos painéis colocados estrategicamente na frente do Pavilhão Industrial.