As contas anuais da Prefeitura de Valinhos do exercício de 2017 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O Relatório do TCE destaca, entre outras coisas, o cumprimento integral de todos os indicadores de responsabilidade fiscal. De acordo com o relatório sobre 2017, “a gestão vem exercendo controle e acompanhamento adequado, visando ao contingenciamento de gastos e buscando o equilíbrio das contas”.
O ano de 2017 foi o primeiro ano da administração do prefeito Orestes Previtale Júnior. A secretária da Fazenda, Maria Luisa Denadai, disse que a aprovação das contas mostra que a gestão Orestes adotou o melhor caminho para o Município, com medidas duras para a reorganização econômica, financeira e fiscal da Prefeitura num primeiro ano de governo muito difícil em função da situação encontrada.
“Em 2017, a situação financeira da Prefeitura era caótica, assumimos restos a pagar da ordem de R$ 179 milhões. A determinação do prefeito foi bem clara ao pedir a adoção de remédio amargo, pois era preciso equacionar as contas e, para isso, cortamos aluguéis, comissionados, reduzimos gastos. Enfim, o contingenciamento aconteceu em todas as áreas”, explicou.
O prefeito Orestes se disse satisfeito com a aprovação das suas contas e com os apontamentos feitos pelo TCE. “Pegamos uma Prefeitura com alto valor de restos a pagar, fornecedores querendo receber, dívidas com o Valiprev e várias obras paralisadas. Fizemos a lição de casa, colocamos as contas em dia e estou satisfeito com o resultado. Temos muitos desafios, mas estamos superando com compromisso, respeito aos moradores e ao dinheiro público”, disse.
Ao relatar seu voto, o conselheiro da segunda Câmara do Tribunal de Contas Valdenir Antonio Polizeli afirmou que “as contas da Prefeitura Municipal de Valinhos merecem aprovação, posto estarem em ordem os principais aspectos legais e constitucionais que norteiam o exame de aludidos demonstrativos”.
O conselheiro apontou, entre outras coisas, a aplicação de R$ 109,6 milhões na Educação, 25,69% do orçamento, 0,69% acima do determinado pela Constituição. Da receita proveniente do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a Prefeitura aplicou 83,45% na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica.
Já na área da Saúde, a Administração investiu 27,54% do orçamento, R$ 100,7 milhões, bem acima do percentual de 15% determinados pela Constituição. Em relação às despesas com pessoal, a Prefeitura ficou dentro do estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 49,71%.
No exercício de 2017, além de a Administração colocar a casa em ordem, também fechou o ano com superávit financeiro de 2,31%, R$ 9.787.861,07. A secretária da Fazenda explicou que foi necessário reorganizar completamente a Secretaria, mas que o esforço e o resultado são relevantes para a cidade.