A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Saúde, ressalta a importância das ações de combate e prevenção a Leishmaniose, doença infecciosa que atinge principalmente os cães, mas pode ser transmitido para pessoas também, devido ao seu vetor ser o mosquito Palha. Neste mês de agosto, entre os dias 8 e 12, foi comemorada a Semana Nacional de Controle e Combate a Leishmaniose 2022, que aborda práticas para controle dos vetores e reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde. A Prefeitura encaminhou às Clínicas Veterinárias cartazes sobre o tema, além do convite para participação dos profissionais em um Fórum que abordou o assunto. Neste ano, até o momento, Valinhos apresenta 50 notificações da doença em cães, das quais 12 foram confirmadas.
“As características da Leishmaniose as classificam como um desafio à saúde pública mundial e um dos principais problemas de saúde veterinária para os cães, com alta relevância para a saúde pública no país. Por isso, é tão importante que a população saiba como prevenir e combater essa doença”, afirmou a prefeita Capitã Lucimara.
Até o momento, os casos estão abaixo dos anos anteriores. De acordo com a série histórica, em 2021, a cidade teve 29 casos positivos para a doença. Em 2020 foram 20, enquanto em 2019 foram 30. Mas o ano com maior surto foi 2017, no qual Valinhos apresentou 1.004 notificações, confirmando 78 casos.
“Os números mostram que estamos com a situação controlada na cidade, mas a prevenção nunca é demais. É uma doença grave, para a qual não há vacina e que pode levar à morte se não for tratada oportuna e adequadamente”, comentou o secretário da Saúde, Dr. Luiz Gabriel Signorelli.
De acordo com a Divisão de Vigilância em Zoonoses, os bairros com maior número de casos positivos neste ano são: Bairro dos Lopes, Nova Suíça I e II, Chácaras Alpinas, São Bento, Clube de Campo e Parque Portugal.
A Leishmaniose
Trata-se de uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania que, de modo geral, dividem-se em tegumentar americana, quando acometem a pele e as mucosas, e em visceral (ou calazar), quando afetam órgãos internos.
São transmitidas pelo mosquito palha e possui uma grande diversidade de hospedeiros ou reservatórios, como animais silvestres e cães domésticos. A doença não é contagiosa, nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Para os cães acometidos pela doença, há tratamento autorizado no país, devendo ser prescrito e acompanhado por médico veterinário.
Medidas mais utilizadas para sua prevenção e combate:
– evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;
– fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;
– evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;
– utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença;
– usar mosquiteiros para dormir;
– usar telas protetoras em janelas e portas;
– manter sempre limpas as áreas próximas às residências e os abrigos de animais domésticos;
– realizar podas periódicas nas árvores para que não se criem os ambientes sombreados;
– não acumular lixo orgânico (isso evita a presença de roedores e marsupiais – prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos).
Caso exista a suspeita da doença no cão, o tutor pode entrar em contato com a Divisão de Vigilância em Zoonoses, através dos números 3829-1252 ou 3849-6560 ou e-mail vigilanciazoonoses@valinhos.sp.gov.br.