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A alça de acesso ao Viaduto Laudo Natel, na Vila Santana, recebeu no Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, mais de 420 mudas de diversas espécies de plantas, dando início ao projeto Microfloresta Urbana da Prefeitura de Valinhos. Em seus discursos, durante o evento, as autoridades frisaram o impacto a médio e longo prazo do plantio, que ainda receberá mais 230 espécies, totalizando 650 mudas.

Durante encontro com mais de 50 alunos do Ensino Médio da E.E. Professor José Leme do Prado, o prefeito Franklin Duarte de Lima destacou a importância da recuperação ambiental em Valinhos. Segundo ele, é fundamental retomar práticas sustentáveis interrompidas em gestões anteriores. “O reflorestamento era uma realidade até o ano 2000, mas, com o tempo, essa prioridade se perdeu e árvores começaram a ser cortadas. Hoje, no Parque Municipal Bruno Nardini, é possível contar quantas árvores restam. Precisamos corrigir esse caminho e, para isso, estamos implementando a Microfloresta”, declarou o prefeito.

Já vice-prefeito, o presidente do DAEV S.A., Luiz Mayr Neto, observou que os presentes buscavam uma sombra embaixo das árvores já existentes, revelando a importância da implantação do projeto pela cidade. “Estamos no caminho certo”, concluiu ele, que comentou que um jornal de grande circulação mostrou neste Dia Mundial do Meio Ambiente que a cidade é uma das mais arborizadas do Estado.

Representando o Legislativo, o vereador e engenheiro agrônomo Henrique Conti afirmou que o projeto resgata o processo de arborização da cidade. “Este projeto vai engrandecer a cidade. Daqui a 20 anos teremos uma floresta urbana, o que irá refletir no clima, na manutenção da água e outros recursos”, detalhou o vereador.

Ao término dos discursos, foi descerrada a placa do projeto e deu início ao plantio de mudas. Estiveram presentes no evento o chefe de gabinete, Emílio Ramalho, os vereadores Kiko Beloni e representante do vereador Rodrigo Fagnani Popó, o secretariado, além da escola estadual.

Responsabilidades compartilhadas

A responsabilidade do projeto Microfloresta é dividida entre as Secretarias de Obras Públicas, Serviços Públicos, Mobilidade Urbana e do Verde e Agricultura.

“Hoje é um dia muito especial porque é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Todo este trabalho é fruto do esforço coletivo de implantação do Projeto Microfloresta dentro do Programa Reconecta”, explicou o secretário do Verde e da Agricultura, André Reis.

Já o secretário de Serviços Públicos, Lucas Fumacinha, lembrou que o projeto é uma nova proposta, que inclui outras áreas. “As plantas melhoram tudo. Vai ficar o legado”, garantiu ele.

Jovens e o futuro

A previsão era a participação dos alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Leme do Prado, mas os demais alunos se interessaram pela atividade e a direção, coordenação e corpo docente acabaram por trazer as demais turmas.

A escola tem tradição em investir no meio ambiente. Atualmente, desenvolvem dois projetos ambientais, o D.E.D Verde, da Regional de Educação de Campinas, e uma iniciativa científica, em acordo com os 25 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sob a supervisão da professora de Química Flávia Paschino Bissoto. O projeto atual é uma horta orgânica, sem uso de agrotóxicos, com plantação de alface, rúcula e outras verduras.

Além dos alunos, compareceram ao plantio de mudas a diretora, Tatiane Gaspar, a vice-diretora, Carolina Vicentini, a coordenadora, Letícia Gaspar Foratto, além de outras professoras.

O aluno Matheus, de 17 anos, do 3º ano da escola, já percebeu a diferença entre Valinhos e a cidade vizinha Campinas, onde ajuda o pai no comércio da família. “Quando a gente vem chegando em Valinhos é mais úmido o ar, fica menos pesado”, explicou ele, que acredita que a preservação ambiental impacta diretamente a vida humana. “O ar fica mais puro, a gente respira melhor, fica mais tranquilo. É mais saudável”, garantiu ele.

Projeto Microfloresta em Valinhos

Neste projeto-piloto serão plantadas 650 mudas com mais de 20 espécies, tais como a Canelinha, Cedro Rosa, Ingá do Brejo e outras.

As espécies são categorizadas em pioneiras, secundárias e clímax. A primeira tem um crescimento mais rápido, propiciando sombras as demais. Este tipo de plantio favorece a sobrevivência de todas as espécies, gerando maior equilíbrio. Desta forma, ocorre a simulação de uma floresta natural.

Além da categorização para garantir que as mudas se desenvolvam, o projeto prevê a harmonia com os animais, como aves. A espécie Sabão de Soldado dá um fruto propício à alimentação dos pássaros, sendo nociva à saúde humana. O mesmo acontece com as espécies Ingá do Brejo e Ingá Mirim.

Essas espécies têm grande valor ecológico, atraindo e alimentando a fauna, especialmente aves, favorecendo a regeneração florestal.

A Prefeitura já prospecta mais áreas para novas microflorestas dentro da cidade.

O Projeto de Microfloresta Urbana de Valinhos também vai contribuir para o Programa Reconecta da região Metropolitana de Campinas (RMC), que visa a conexão da fauna através dos corredores ecológicos de fragmentos de vegetação remanescente da Mata Atlântica.