A Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde de Valinhos está notificando as seis clínicas de estética do município que possuem câmaras de bronzeamento para que cessem a atividade. A proibição atende resolução da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), publicada no último dia 11, em decorrência do surgimento de novos indícios de agravos à saúde relacionados com o uso do equipamento. A medida não se aplica aos aparelhos com emissão de radiação ultravioleta destinados a tratamento médico ou odontológico.
Um grupo de trabalho da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, noticiou a inclusão de exposição às radiações ultravioletas na lista de práticas e produtos carcinogênicos para humanos. Segundo a ANVISA, a medida também foi motivada pela constatação de que os equipamentos não contam com manutenção adequada e têm sido utilizados sem controle. Segunda a ANVISA, no país existe apenas uma câmara de bronzeamento registrada.
O estudo da IARC indica que a prática do bronzeamento artificial aumenta em 75% o risco do desenvolvimento de melanoma em pessoas que se submetem ao procedimento até os 35 anos de idade. A resolução da ANVISA também afirma que não existem benefícios que contraponham aos riscos decorrentes do uso estético das câmaras de bronzeamento. As empresas que não cumprirem a decisão estão sujeitas a penalidades que vão de advertência, interdição a multas de até R$ 2.948,40. O valor pode dobrar em caso de reincidência.