O debate Moradores de Rua em Valinhos - Pensando Juntos, ocorrido na Câmara, nesta quarta-feira (27), envolveu cerca de 80 pessoas entre Prefeitura, Câmara, Terceiro Setor e população. Após o relato da situação atual da cidade e as ações em andamento, os participantes optaram em agendar novos encontros para aprofundar o tema. A segunda edição está prevista para novembro.
“O envolvimento da sociedade juntamente com o Poder Público, tanto Prefeitura como Câmara, e o Terceiro Setor é muito saudável e, com certeza, haverá uma melhoria no atendimento e condições a este grupo”, pregou a secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Dulce Maria de Paula Souza, que abriu a explanação do tema, dando um panorama atual de Valinhos, juntamente com o psicólogo Alex Sandro Dias Marcondes.
Segundo ela, desde janeiro deste ano a Pasta promoveu um diagnóstico da situação, confirmando o aumento da população de rua no município. Há três meses, a Prefeitura apoia a Operação Baixas Temperaturas, promovida pela Igreja São Sebastião com ações de laborterapia desenvolvidas na escola de Joapiranga. O secretário de Defesa do Cidadão, Roque Stringhini, lembrou que o caso não é de polícia, mas de assistência social, de saúde pública e de cuidado com a pessoa humana.
O Terceiro Setor foi responsável pela exposição das ações desenvolvidas na cidade. O padre da Igreja São Sebastião, Dalmírio Amaral, relatou a evolução dos usuários do abrigo em Joapiranga. Também participaram do painel o pastor e coordenador do Grupo Amigos de Cristo, Marcos Antônio Granado, que comentou sobre a ação desenvolvida pela Assistência Social da Igreja Assembleia de Deus – Ministério Belém, e o presidente do Instituto Vida Renovada (IVR), Guilherme Ricardo Souza, que apresentou um pouco do serviço prestado pelo Instituto.
Novo encontro – A população enriqueceu o debate com perguntas, sugestões e propostas. A mediadora do debate, vereadora Dalva Berto, se prontificou a propor, por meio de um novo requerimento a ser apresentado na próxima sessão ordinária, a promoção de mais um evento na Câmara sobre o assunto. Estiveram presentes ainda o presidente do Legislativo, Israel Scupenaro, e os vereadores Edson Secafim e Luiz Mayr Neto.
1 - Avaliação do trabalho de três meses no abrigo de Joapiranga:
Média de 24 abrigados para pernoite
Média diária de 22 abrigados (destes 8 ficam na casa e 14 trabalham)
Dos 8, 6 participam da divisão de tarefas (cozinha, organização do local, horta e galinheiro)
2 - Histórico do abrigo:
Estima-se que 80 pessoas passaram pelo abrigo. Destes:
9 retornaram para as famílias
8 permanecem na casa esporadicamente
4 conseguiram recolocação no mercado
2 são monitores (auxiliam no processo da casa e do trabalho)
40 são de outras cidades
1 é estrangeiro