As famílias que tiveram suas casas atingidas por queda de muro de arrimo no Parque Portugal em dezembro do ano passado darão início à reconstrução da edificação no próximo dia 15. A informação é do diretor da Defesa Civil, Edilson Bruscalin.
"A decisão foi tomada em reunião realizada na última sexta-feira (11), na sede da Defesa Civil, com representantes da Administração Municipal, que fará a doação do material para a obra, devido à situação econômica das famílias", explicou Bruscalin, lembrando que isso já estava acertado desde dezembro do ano passado, porém faltava o posicionamento das famílias.
A reconstrução do muro é condição fundamental para que a família do pedreiro José Luís da Silva, 49 anos, composta pela mulher, dois filhos e um cunhado, possa retornar com segurança a sua casa. Desde a ocorrência, a família está alojada pela Prefeitura no Centro Comunitário do Jardim Itapuã.
Diferentemente do que foi publicado em jornal do município no último dia 11, o pedreiro afirmou que, nesse período, vem recebendo toda a atenção da Administração Municipal, tanto com relação à situação no Centro Comunitário, como na casa do Parque Portugal, com o monitoramento do barranco e fornecimento de lona plástica para cobri-lo.
Silva disse que, para entrevistá-lo, usaram o nome de um vereador, sem citar o nome, mas que a reportagem distorceu suas afirmações. "Minha mulher recebeu várias vezes a visita da assistente social para acompanhar e ajudar a minha família", disse o pedreiro, que trabalha o dia todo.
Da mesma opinião é Aparecida Sacramento de Almeida, 60 anos, que mora em uma das casas do terreno localizado abaixo da região atingida, juntamente com setes famílias, num total de 35 pessoas. Ela participou da reunião e destacou o apoio que vem recebendo da Prefeitura desde a ocorrência.
"O pessoal da Prefeitura passa lá todos os dias. Se a lona que cobre o barranco está ressecada, eles dão outra", contou, ressaltando que sua família vai ajudar na reconstrução do muro, "para acabar logo". Essas famílias do terreno debaixo não precisaram deixar as casas por não oferecerem riscos.
Convocada por determinação do prefeito Clayton Machado, a reunião para intervenção e solução da situação contou com a presença do secretário de Obras e Serviços Públicos, Eliseu Dias, do diretor de Defesa Civil Edilson Bruscalin, da diretora da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, Maria José Faria Eleutério, do diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais, Geraldo Norberto Bueno, além dos representantes das famílias e outros servidores municipais.
Fim do desentendimento - Em 20 de dezembro do ano passado, em reunião entre integrantes da Prefeitura e moradores já havia sido acertada a entrega dos materiais por parte da municipalidade e a necessidade de elaboração de projeto e execução do muro pelas famílias. A demora na execução da obra se deve a desentendimentos entre os moradores.
O pedreiro José Luís da Silva que pagou R$ 900 para um engenheiro fazer o projeto de reconstrução do muro agora negocia com a outra família o reembolso de parte do valor. A outra família, por sua vez, quer abater o valor nas despesas para conserto de dois veículos que foram atingidos no deslizamento.
"Essas desavenças vocês podem, posteriormente, acertar com a Justiça. Agora, o mais importante é que vocês se unam e façam o muro", disse o diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais, Geraldo Norberto Bueno.
Voltando o foco para a reconstrução do muro, o pedreiro José Luís da Silva disse que fará um mutirão com amigos para a obra, que deve começar na terça-feira (15). Membros da outra família ficaram de ajudar nos horários de folga ao trabalho. "Espero que esta situação fique resolvida o mais rápido possível", disse Silva. A previsão é de que até maio o muro já esteja concluído.