A Prefeitura de Valinhos promove no sábado (30) o Dia D, que dá início à Campanha Fique Sabendo, para testagem do HIV e da sífilis, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Vila Santana, Jardim Paraíso e Vila Itália. O serviço é gratuito e acontece das 8h às 17h. A campanha vai até o dia 6 de dezembro e durante a semana todos os postos de saúde do Município estarão realizando os testes.
O objetivo da campanha é estimular as pessoas a realizarem o teste de HIV, principalmente quem tem vida sexual ativa, nunca realizou o exame ou pertence aos grupos mais atingidos pela Aids, como homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas. "Uma ótima oportunidade para cuidar da saúde e fazer os exames", disse a diretora de Saúde Coletiva de Valinhos, Claudia Maria dos Santos.
A testagem é o início de uma série de ações de prevenção, tratamento e cuidado. “A campanha garante sigilo, confiança e qualidade no processo do diagnóstico”, reforçou a diretora. O atendimento do usuário durante a Campanha Fique Sabendo inclui aconselhamento pré-teste, coleta de exame e aconselhamento pós-teste.
O Centro Especializado de Doenças Infectocontagiosas e Centro de Testagem e Aconselhamento (CEDIC-CTA) é o local onde os portadores de HIV/Aids fazem o tratamento e acompanhamento da doença. Dispõe de equipe multiprofissional composta por médicos infectologistas, psicóloga, assistente social, nutricionista, dentista e equipe de enfermagem. O prédio fica na Avenida Brasil, nº 144, na Vila Santana.
Números em Valinhos
De acordo com a Secretaria da Saúde, Valinhos registrou até outubro deste ano seis casos de AIDS e 13 casos de HIV, sendo três em gestantes. A cidade também possui 38 casos de sífilis adquirida, sete em gestantes e duas congênitas. Em 2018, Valinhos registrou 13 casos de Aids e 21 casos de HIV, sendo uma gestante. A cidade também teve 82 casos de sífilis no ano passado, com 63 casos adquiridas, seis congênitos e 13 gestantes.
Doença
A Aids é causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana. Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Segundo o Ministério da Saúde, as células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Os pacientes soropositivos, que desenvolveram ou não Aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.
"Fazer o teste e se proteger é sempre a melhor opção. Também é importante reforçarmos que ter HIV não é o mesmo que ter Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença", disse Claudia.