Valinhos é uma cidade com tradição artística grande
Dia 19 deste mês é celebrado o Dia do Teatro. Além do entretenimento, a representação artística é o que mais se aproxima da essência humana, seja pelas alegrias e tragédias; pelos sonhos e desilusões, amores e desencantos, coragem e medo, sucesso e fracasso. Por se tratar de uma arte coletiva, o teatro é utilizado em escolas, permitindo um trabalho de desenvolvimento individual e social. Valinhos é representado por uma gama de artistas.
A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Cultura, oferece esta modalidade gratuita de curso, no Espaço Multiuso Flávio de Carvalho. “Nossa cidade tem uma tradição artística muito grande, mas infelizmente no teatro não tivemos um nome reconhecido nacionalmente, apesar de grandes nomes”, afirma o professor de teatro, Luciano Correa, que completa este ano 31 anos na área, 18 destes na Rede Municipal.
Entre os nomes, ele cita Adilson Ribeiro, Alfredo Ribeiro (Piu), Edson Lozano (Magrão) e Mário Farci (Marião), fundadores da Cia. Arco-íris premiados com o prêmio Mambembe “Mas hoje temos a Cia da Meire e do Max, além dos atores profissionais e amadores que trabalham em diversos espetáculos”, acrescentou. Segundo ele, a encenação da Paixão de Cristo é alimentada por artistas da cidade, tanto profissionais quanto amadores.
Segundo ele, a data deve ser comemorada. “Primeiro, porque temos muitos brasileiros talentosos e em segundo porque Teatro sempre vai existir enquanto existirem relações pessoais”, explica. Em sua opinião, através dos atores, dos textos teatrais e dos espetáculos teatrais são representadas as emoções. “Quando a cortina se abre é o ser humano quem está sendo exposto através das cenas e diálogos apresentados”, afirma.
Para ele, o teatro permite a vivência em vários papéis. “E realizarmos a catarse da existência humana e, consequentemente, serve para conscientizar, divertir, inspirar, emocionar, transformar e mostrar a riqueza ou pobreza de uma sociedade”, completa. Assim como um instrumento político, além de gerador de rendas em sua cadeia produtiva - bilheteiro, pipoqueiro, atores, produtores, cenógrafos, dramaturgos.
“Atualmente, por ser uma arte coletiva, o teatro é muito utilizado em diversas instituições, principalmente nas escolas. Os alunos trabalham expressão, comunicação, liderança, memorização, raciocínio, autonomia, empatia, respeito, atenção, concentração. Tudo de forma lúdica, brincando de ser herói ou vilão. Aprende a se colocar no lugar do outro e principalmente ouvir e esperar sua vez de brilhar, porque teoricamente nunca falamos juntos”, explica.
Arte, liberdade e felicidade
“A arte serve para nos libertarmos, nos expressarmos e buscarmos a felicidade”, resume ele.
Em 2021, Luciano Correa completa 31 anos de teatro, entre ator profissional, ator das Cias Arco-íris e Cia Santa, onde viajou grande parte do Brasil, e ator do Parque Hopi Hari, na turma da Vila Sésamo. Além de ter participado de diversos espetáculos amadores, experimentais e religiosos.
Atualmente, é professor da Secretaria da Cultura desde 2003, há 18 anos e do Colégio Fundamentum há seis anos. Ele tem alunos dos seis aos 83 anos e um grupo da melhor idade, que dirige desde 2007. Até a última edição, foi locutor da Festa do Figo e da Festa do Folclore.
“Com certeza, temos muito o que comemorar porque tudo o que fazemos merece muito aplauso. Parabéns a todos os atores, atrizes, dramaturgos, produtores, técnicos valinhenses e brasileiros porque somos muito felizes e abençoados por ter sido escolhidos e nascidos artistas”, finaliza.
* Fotos - Arquivo pessoal (cedido gratuitamente)