Mais de 250 pessoas passaram pelo estande montado pela Secretaria da Saúde na rodoviária no último dia 26, sexta-feira, para ação educativa e preventiva de combate ao colesterol, marcando o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Apesar do frio, a equipe da Saúde usou de toda a criatividade para chamar a atenção das pessoas, com balões coloridos decorando o espaço e o próprio médico do programa, Braz Eugênio Franceschini, exibindo um grande coração no peito, para despertar a curiosidade dos transeuntes.
Segundo o médico Franceschini, o número de pessoas com colesterol alterado tem aumentado devido aos hábitos da vida moderna, que incluem sedentarismo, alimentação rica em gorduras e açúcares, além da ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo.
Como não apresenta sintomas, não é raro a pessoa ter o colesterol alterado e desconhecer o fato. A alteração pode estar ligada também a hereditariedade. Segundo Franceschini, 70% do colesterol do organismo são produzidos pelo fígado e 30% vêm da alimentação. O colesterol é proveniente de alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.).
De acordo com o especialista, a prevenção é feita com o controle de peso, prática de atividade física, ingestão de alimentos ricos em fibras (verduras, frutas e legumes) e de carnes magras.
Mesmo crianças podem ter alteração no colesterol, segundo Franceschini. "Crianças que tenham esse fator hereditário devem fazer o exame para avaliação do colesterol a partir dos cinco anos. Já adultos, dentro da normalidade, a partir dos 20 anos, com intervalos a cada cinco anos. Pessoas com colesterol alterado precisam realizar o controle anualmente", ensina o médico.
Francischini explica que, na maioria das vezes, é possível fazer o controle do colesterol apenas com a mudança de hábitos de vida, mas, quando somente isso não é suficiente, é preciso entrar com medicação específica.
De acordo com o especialista, o colesterol alterado pode ocasionar doenças cardiovasculares, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, angina, hipertensão, insuficiência cardíaca e outras.
Equipe multiprofissional – As ações de prevenção e orientação foram desenvolvidas por equipe composta por nutricionista, fisioterapeuta, enfermeira, técnicas de enfermagem, médico e psicóloga.
Durante toda a manhã, os profissionais promoveram a distribuição de folhetos educativos e a avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC), através da pesagem e medição. Os casos alterados foram encaminhados para avaliação mais específica nas Unidades Básicas de Saúde.
"Além do atendimento médico, nas UBS's são promovidas palestras educativas sobre as doenças. As pessoas mais informadas sobre as doenças aderem melhor o tratamento", informou o médico.
Depoimentos – A balconista Elisângela Patrícia Lopes, 35 anos, passou pelo estande em busca de informações. Há dois anos ela descobriu por meio de exame que tinha o colesterol alterado, mas até agora ainda não tomou nenhuma providência, até por desconhecimento dos riscos. "Agora vou procurar me cuidar melhor", disse.
O motorista José Gonçalves, 49 anos, também aproveitou o horário de almoço para se informar sobre o colesterol. "É preciso cuidar da saúde", afirmou.