Técnicos do Ministério das Cidades receberam na terça-feira, dia 28, o projeto da nova linha da captação de água do Rio Atibaia até a Estação de Tratamento de Água (ETA) II, no Jardim dos Pinheiros. A obra está orçada em R$ 10,7 milhões e a expectativa é que os recursos sejam liberados dentro do Orçamento Geral da União (OGU), a fundo perdido, pois o elevado nível de endividamento do município impede a solicitação de financiamento.
Representaram o Departamento de Águas e Esgotos (DAEV) o presidente, Luiz Mayr Neto, o diretor do Departamento de Planejamento, Obras e Fiscalização, Márcio Arantes de Andrade, e os engenheiros Luiz Carlos e Eduardo Bottura, responsáveis pelo projeto. Participaram do encontro analistas da área de saneamento do Ministério das Cidades. A deputada federal Aline Corrêa recepcionou os técnicos valinhenses.
O projeto de duplicação da tubulação faz parte da estratégia determinada pela gestão do DAEV para solucionar o problema de fornecimento de água em Valinhos. "Não temos medido esforços para resolver a questão", afirma Mayr. "Estamos trabalhando para minimizar o mais rápido possível os problemas de captação, tratamento e distribuição de água."
"O DAEV está atuando simultaneamente em duas frentes: vamos ampliar a ETA II com verba própria para aumentar a capacidade de tratamento de água enquanto buscamos recursos federais a fundo perdido para aumentar a captação no Rio Atibaia. Foi esse o motivo da reunião no Ministério. A deputada federal Aline Corrêa tem se esforçado muito para viabilizar nossa solicitação", avisa Mayr.
A ampliação da ETA II exigirá investimentos de R$ 5 milhões em recursos próprios. A segunda etapa deve vir da verba federal, que o DAEV está pleiteando no Ministério das Cidades. A expectativa é concluir a ampliação da ETA II em até 18 meses e entregar a tubulação da captação em três anos.
Até o término das obras o abastecimento será deficiente. Todas as vezes que falta água, as regiões mais altas da cidade são as primeiras atingidas. Isso acontece porque o sistema opera no limite. Uma queda de energia na captação do Rio Atibaia, na região da Rodovia Dom Pedro, ou o rompimento da rede já é suficiente para que falte água.
Valinhos tem duas Estações de Tratamento de Água. A primeira, mais antiga, produz 200 litros por segundo, ou 17,3 milhões de litros por dia. A ETA II, que opera 20% acima da capacidade, trata 210 litros por segundo, ou 17,8 milhões de litros por dia. Apenas a ampliação da ETA II vai acrescentar mais 4 milhões de litros de água por dia. A outra linha de captação trará mais 10 milhões de litros por dia para a ETA II.
Até que isso aconteça, a orientação é que a população economize o máximo possível, já que a água é um recurso natural finito, cada vez mais caro. O DAEV está atuando em outras frentes, como a redução de perdas, que no passado chegavam a 28% e atualmente atingem 38% e se prepara para substituir cerca de 4 mil hidrômetros por ano para reduzir esses números a índices aceitáveis, em torno dos 25%.