Todas as 49 EMEBs (Escola Municipal de Educação Básica) estarão encerrando até o dia 30 de novembro o projeto Feira de Ciências com a apresentação dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano letivo para a comunidade. A atividade é voltada aos alunos da educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos e tem como foco principal a conscientização sobre a necessidade de preservação ambiental.
A cada ano a escola escolhe um tema de interesse para estudo, normalmente relacionado à realidade ambiental local, como existência de nascentes nas proximidades, tipos de vegetação, além de aspectos gerais, como água, saneamento básico, reciclagem, entre outros. O estudo envolve a participação de todas as disciplinas e geralmente conta com patrocínios de empresas. Ao final do ano letivo os trabalhos realizados como cartazes, maquetes, teatros, jograis e outros são apresentados aos pais e à comunidade para socialização do conhecimento. A data da feira é definida de acordo com o calendário de cada escola. No último dia 6, sábado, seis unidades realizaram suas Feiras de Ciência.
Ao visitar as exposições, o secretário da Educação, Zeno Ruedell, elogiou a produção dos trabalhos pelas escolas. “A proposta é conscientizarmos nossas crianças e adolescentes sobre a responsabilidade que cada cidadão tem no cuidado com o meio ambiente e socializarmos esses conhecimentos com a comunidade”. Segundo o secretário, a realização da Feira fecha os estudos realizados durante o ano letivo e permite que o conteúdo abordado em sala de aula seja passado pelos próprios alunos para pais e colegas. “Os pais ficam fascinados de ver seus filhos apresentando os projetos. E o próprio aluno se sente valorizado. Já o professor percebe o apoio da comunidade e assim fica estimulado no trabalho”, destacou.
O secretário ressaltou que, além da parte teórica, a vivência prática é um dos principais objetivos do projeto de educação ambiental. “Os alunos têm a oportunidade de participar de estudos práticos, visitando nascentes, estações de tratamento de esgoto, aterros sanitários. Assim, percebem as consequências reais ao meio ambiente das ações inadequadas do homem. Essas observações contribuem para o desenvolvimento de uma consciência ecológica”, afirmou.
Ruedell acrescentou que, dentro do tema escolhido por cada escola, os alunos desenvolvem durante todo o ano trabalhos específicos para cada faixa etária e respectiva série, envolvendo as diversas disciplinas. “Nas aulas de Português, os alunos produzem textos; nas de Matemática, fazem cálculos e gráficos; nas de Artes, produzem cartazes. E nessa multidisciplinariedade têm uma visão completa do projeto sobre meio ambiente”, afirmou o secretário.
“É profundamente gratificante ver em todas as escolas o excepcional resultado prático desse trabalho, comprovando dessa forma o grande envolvimento não apenas da direção, da coordenação, dos professores e demais funcionários, mas também de maneira muito especial dos próprios alunos”, disse Ruedell.
Exposições
Um dos trabalhos de destaque da Feira de Ciências da EMEB Tomoharu Kimbara do bairro Macuco foi o denominado “Geração, controle e aproveitamento do lixo”, desenvolvido por 28 alunos do 9º ano sob a coordenação do professor de Geografia, Jerônimo Martins da Silva. Segundo o professor, o trabalho foi baseado no projeto do aterro sanitário de Paulínia para onde Valinhos envia o seu lixo. O trabalho incluiu uma maquete para demonstração de todo o processo de tratamento do lixo como local isolado, coleta e recepção do lixo, reciclagem, aproveitamento e transformação do lixo em energia.
Para o pai Carlos Alberto de Andrade, a participação do filho Rodrigo Andrade, 14 anos, foi bastante interessante. “Acho essencial que meu filho tenha conscientização ambiental desde a adolescência. Além disso, ele trouxe para casa informações novas, toda a família aprendeu sobre o processo de tratamento do lixo e foi muito válido”.
Na EMEB Cecília Meirelles do Jardim Paraíso um dos destaques foi a “Oficina de Reciclagem e Utilidades”, que envolveu 40 alunos de quatro turmas do 5º ano, com a coordenação dos professores Robson Castilho, Mercedez Medeiros, Ana Claúdia Luri e Walkiria Turin. Utilizando de embalagens de leite longa vida, potes de sorvetes e latas de molho de tomate e muita criatividade os alunos ensinaram pais e colegas a confeccionar embalagens para presentes, porta trecos e porta lápis.
“A reutilização de materiais recicláveis faz parte da conscientização que as pessoas devem ter para não poluir o meio ambiente”, disse Giovana Bonie, 10 anos. “É importante ensinar as pessoas a reciclar para não poluir o meio ambiente. Eu também aprendi com essa atividade a fazer algo diferente, a fazer artesanato”, disse Isabella Brocanalli, 10 anos.