As obras de desassoreamento da lagoa do Centro de Lazer do Trabalhador (CLT), a Barragem Figueiras, responsável por 20% do abastecimento de água de Valinhos, tiveram início nesta segunda-feira (17). Parceria da Prefeitura de Valinhos com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo estadual, a limpeza vai ampliar a capacidade de reservação em 50%, de 70 milhões de litros para 105 milhões de litros de água.
As escavações na lagoa terão início esta semana, com trânsito de máquinas e caminhões. Parte da pista de caminhada e ciclovia será interditada para garantir a segurança dos frequentadores do parque, mas 70% dela continuará aberta para a prática de atividades físicas. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos em seis meses.
Segundo o presidente do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) Pedro Inácio Medeiros, a represa do CLT nunca passou por limpeza e a situação da reserva é considerada crítica há pelo menos 15 anos. "Em vários pontos, a represa tem 20 centímetros de profundidade. Após a conclusão das obras, ela terá 2,5 metros em toda sua extensão, o que garante maior autonomia de abastecimento", explicou.
O diretor de Operações e Manutenção do DAEV, Marcelo César Lino, comentou que o desassoreamento é importante para ampliar a reserva e a segurança hídrica de Valinhos. "É uma obra fundamental para a cidade, que precisa ser feita há muito tempo", afirmou.
A limpeza está orçada em R$ 900 mil. De acordo com o diretor de Planejamento, Obras e Fiscalização do DAEV, Ricardo Rogério Gardin, as negociações da Administração Municipal com o DAEE tiveram início ainda no ano passado. "Havia um projeto anterior de R$ 5 milhões para a obra. Reduzimos significamente o valor e conseguimos a parceria com o DAEE", disse.
A Barragem Figueiras responde por 20% do abastecimento de água em Valinhos e abastece a Estação de Tratamento de Água (ETA) 1, junto com o reservatório João Antunes dos Santos. A cidade tem ainda outros dois reservatórios, o Moinho Velho e o Santana dos Cuiabanos, usado somente em situações emergenciais. A maior parte da água utilizada no Município, 55%, é captada diretamente do Rio Atibaia e tratada na ETA 2. A cidade conta ainda com um sistema de poços profundos.
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