Encontrar um animal silvestre dentro de casa ou no seu quintal talvez não seja uma boa experiência para a grande maioria das pessoas que vê perigo neste primeiro contato com o bicho. Mas a situação não é de se assustar, conforme a Guarda Ambiental Municipal de Valinhos, equipe especializada dentro da Guarda Civil Municipal que promove a segurança das áreas rurais da cidade e lida com capturas de animais silvestres em local de risco. A orientação, num primeiro momento, é manter a calma e se manter afastado, e mais importante, não matar o animal, ato que também é considerado crime.
A definição de animal silvestre, segundo o subinspetor Goulart, da Guarda Civil Municipal, é direcionada para espécies de animais não domesticados que vivem na natureza como corujas, cobras, jabutis, macacos, tamanduás, onças e pássaros, como os papagaios, que normalmente as pessoas levam para casa e acham que podem viver em cativeiro, mas estão cometendo crime de acordo com a lei 9605/98 se não possuir autorização do órgão competente.
"Com a expansão da área urbana, está ocorrendo à diminuição do habitat de diversos animais silvestres, e com isso eles tendem a chegar cada vez mais próximo ao homem", explicou Goulart. Em Valinhos, de acordo com o subinspetor, pela cidade ter fragmentos de mata atlântica, constantemente animais que vivem nesses locais se deslocam para área urbana.
A orientação da Guarda Ambiental Municipal é que, ao avistar um animal silvestre no quintal, um gambá, por exemplo, primeiro é necessário analisar se tem algo que o coloque em risco, como um cachorro, e em caso negativo, apenas mantenha-se afastado do animal, pois este seguirá seu rumo. "Outra medida importante para preservar os pássaros é nunca retirar seus ninhos do forro das casas; aguardar que saiam naturalmente e em seguida fechar os possíveis acessos para evitar que retornem. Muitos desses filhotes de pássaros ao serem retirados morrem durante o tratamento", explicou o subinspetor Goulart.
Em casos mais complexos, ele alertou para acionar a Guarda Ambiental Municipal pelo número de emergência 153. "Já atendemos uma solicitação em que uma cobra verde estava no sofá de uma residência, entre a almofada e a estrutura. Os moradores se assustaram e chamaram a Guarda Ambiental, que prontamente se deslocou ao local, fez a captura e em seguida a soltura em seu habitat", lembrou.
Quando acontecer de encontrar um animal silvestre ferido, a Guarda Ambiental Municipal orienta a não tentar pegar ou salvar o animal, já que ele está sofrendo pela dor e pode ter uma reação agressiva. Nestes casos, é importante que a corporação seja acionada o mais rápido possível. “Os animais silvestres que capturamos e não estão sadios ou estão machucados, como gambás atacados por cães e saguis que se eletrocutaram na rede de energia, nós encaminhamos para a Associação Mata Ciliar, em Jundiaí, a qual presta todos os cuidados veterinários necessários para reabilita-los, e em seguida são devolvidos a natureza”, explicou o subinspetor.
Fonte: Departamento de Comunicação - Prefeitura de Valinhos
Local: Valinhos - SP