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Em celebração ao Dia Internacional da Mulher (8), o Projeto Guardiã Maria da Penha, vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Cidadania da Prefeitura de Valinhos, comunica os mais de mil atendimentos às mulheres na cidade, desde sua criação em 2022. Dentro deste grupo, o órgão conta ainda com 53 delas com medidas de proteção expedida pela justiça, com acompanhamento do projeto.

“A violência contra a mulher é uma luta contínua, mas a cidade tem evoluído muito e se estruturado em combater esse tipo de ocorrência”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Argeu Alencar da Silva, que dá amplo apoio às ações do Projeto Guardiã Maria da Penha. 

Segundo a coordenadora do projeto, a subinspetora Rose Santos, os mais de mil atendimentos já são um retrato positivo, significando que muitas mulheres adquiriram consciência de sua importância dentro e fora da família. “Pode parecer pouco para uma população de mais de 126 mil habitantes, mas é uma luta em que se caminha passo a passo”, afirmou ela.

Conforme ela, as principais causas de violência são as agressões físicas e psicológicas, resultando no curso de Defesa Pessoal, que é ministrado a muitas mulheres e oferecido gratuitamente pela Prefeitura de Valinhos. “Nos enche de orgulho o curso, pois ajuda a dar uma chance dessa mulher conseguir se livrar de um ato violento e poder pedir socorro. O que é uma forma de empoderamento pelo simples gesto de defesa da sua própria vida”, explicou ela, lembrando que hoje as mulheres não estão mais sozinhas, com apoio do projeto.

Dicas

Para a coordenadora do projeto a principal dica de um relacionamento abusivo é saber identificar que tipo de violência é empregada. “A violência física não é a única forma, pois temos especificadas cinco tipos de violência, que são a psicológica, a moral, a sexual, a patrimonial e a física”, enumerou ela.

Além deste conhecimento, algumas atitudes devem ser bem observadas e avaliadas. Entre elas estão o ciúme excessivo, controle, principalmente o financeiro, invasão de privacidade, afastamento de outras pessoas, chantagem, ameaça, violência física, exigir relação sexual, entre outras formas.

“Se você ou alguém próximo está vivendo uma dessas situações entre em contato conosco que temos uma equipe especializada para te ajudar e te orientar na Guarda Civil Municipal de Valinhos. Você pode usar o Disque 153”, ensinou ela. Os ensinamentos são passados também na Sala Lilás de atendimento especializado e humanizado para as mulheres, que funciona na sede da GCM.

Promotoria

A subinspetora do Projeto Guardiã Maria da Penha, em conjunto com a responsável pela Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres (CEPM), Marilene Santos, esteve com a promotora Drª Fabíola Sucasas Negrão Covas na sede do Ministério Público de São Paulo (MPSP), no dia 15 do mês passado. 

Na oportunidade foram repassados estes dados, além de um estreitamento de laços com o órgão, visando a manutenção e ampliação do projeto. Entre as solicitações está parceria com o MPSP em divulgação de materiais de orientação sobre o tema; convênio com o projeto do órgão “Pacto Ninguém se Cala”, com fornecimento de subsídios para combate da violência dentro dos bares e restaurantes; cursos de capacitação, ações realizadas com homens no enfrentamento à violência e parceria com outros municípios.