Uma noite mágica marcou o início de uma nova fase do Festival de Artes de Valinhos. Sob aplausos e muita emoção, a estreia de Eywa – o Universo de Pandora levou o público a uma imersão de luzes, cores e movimento na casa de shows Folk Valley, que se transformou em cenário de um espetáculo grandioso e de nível técnico elevado.
Promovido pela Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, o Festival entrou em novembro com uma apresentação que ficará na memória da cidade. Cerca de 650 pessoas prestigiaram a primeira noite da produção, que une talento, inovação e sensibilidade em uma experiência artística inédita.
Com estrutura de som e imagem de alta qualidade e um palco amplo que valorizou o desempenho dos bailarinos, Eywa segue em cartaz nesta quinta (6), sexta (7) e sábado (8), reunindo 700 alunos divididos por elencos. Durante o mesmo período, o público também pode visitar a mostra de figurinos do curso de artesanato “Eu Fiz Esse Figurino”, criada especialmente para o evento. Os ingressos foram disponibilizados mediante a doação de alimentos ao Fundo Social de Solidariedade.
A emoção da plateia refletiu o impacto do espetáculo. Pais e familiares não esconderam o orgulho e a surpresa com a grandiosidade da apresentação.
“Todos os espetáculos do Centro Cultural são sempre maravilhosos e esse não poderia ser diferente. Completamente fora do modelo habitual a que estamos acostumados em termos de estrutura e apresentação, esse espetáculo, em específico, trouxe junto com esse elemento surpresa de um novo local, o desempenho mais uma vez impecável de toda a equipe, em uma apresentação maravilhosa e novamente organizada por esses professores fantásticos que o Centro Cultural tem”, disse Camila Benatti Galceran, mãe da aluna Catarina Canopo, que dançou sapateado.
A mesma emoção foi compartilhada por Katiuscia Carolina Gut, mãe das alunas Raphaella Barbosa, de 14 anos, e Maria Eduarda Barbosa, de 16. “Aqui em casa a gente não conseguiu nem dormir, todo mundo ficou em êxtase de tão maravilhoso que foi esse festival. Estou emocionada até agora. Foi incrível, coisa de cinema, nunca vimos nada parecido. Nós que vivemos a experiência de ter nossas filhas no festival há mais de 10 anos ficamos emocionados com o resultado desse espetáculo. A minha avó que é bisavó das minhas meninas, de 89 anos, também ficou maravilhada. Estão todos de parabéns.”
Para muitas famílias, a escolha da Folk Valley como palco foi um diferencial marcante. “Além do espaço ser muito bom e o espetáculo muito lindo, a organização também estava ótima. Estão todos de parabéns. Tomara que no próximo ano consigam novamente este espaço para as apresentações”, comentou Aparecida Borba, mãe da aluna de jazz Sofia Guimarães Borba, de 14 anos.
O diretor artístico do espetáculo, o professor de dança e coreógrafo Danilo Coelho, contou que o tema nasceu a partir da descoberta do novo espaço.
“A direção nos propôs fazer o espetáculo na Folk Valley e, como artistas, viajamos com a ideia de ver aquele lugar lotado, com pessoas prestigiando nossos bailarinos. Foi então que surgiu a ideia do tema baseado no filme Avatar. Decidimos aproveitar o espaço de forma diferente, que tem uma iluminação e telão maravilhosos, criando uma experiência mais imersiva, permitindo que o público assistisse de vários ângulos, algo que o tema pedia. Todos os professores abraçaram a ideia e começamos a criar”, explicou.
Ainda de acordo com Danilo, a estreia foi extremamente emocionante. “Os bailarinos, professores e artistas estavam totalmente entregues ao espetáculo que ficou belíssimo. Fiquei tocado com o resultado e a aclamação do público”, completou.
A professora de Hip Hop e Charme Dance Alauriê Porfírio reforçou o caráter inovador da produção. “Esse ano vivemos uma experiência completamente nova. Estávamos todos muito ansiosos, porque esse é um novo formato para nós. Quando surgiu a proposta, não imaginávamos que chegaria na grandiosidade que alcançou. Foi um processo intenso, de criação e muita colaboração. Construímos praticamente todo o cenário com materiais reciclados ou reaproveitados e ter a Folk Valley como espaço fez toda a diferença. É um local amplo, que acolheu nossa proposta e ganhou um novo brilho com a nossa intervenção artística. Sentimos que o espetáculo ganhou ainda mais força ali.”
Um novo tempo
O secretário de Cultura e Turismo, Fabrício Bizarri, destacou o simbolismo do momento para Valinhos. "Estamos muito felizes pela belíssima apresentação, dando início ao primeiro dia do espetáculo Eywa. O público presente conseguiu prestigiar várias modalidades da dança com excepcional infraestrutura. É realmente um novo tempo para a cultura de nossa cidade”, afirmou.
Fabrício ressaltou ainda o impacto positivo do evento para o turismo local. “Ao utilizar a infraestrutura de altíssimo padrão em um espaço que conta com diversos atrativos turísticos, como centro de formação e lazer, parque aquático, hotéis, pousadas, restaurantes e três casas de shows, o Festival Eywa reforça a imagem de Valinhos como polo de inovação cultural e turística, promovendo orgulho e pertencimento à comunidade.”
A realização do evento contou com o apoio das secretarias de Governo, Administração, Segurança Pública e Cidadania — por meio da Guarda Civil Municipal —, além da Mobilidade Urbana, Saúde e Polícia Militar.
Economia e transparência
De acordo com o secretário Fabrício, o acordo para o uso da Folk Valley foi formalizado por instrumento jurídico legalizado via decreto municipal, garantindo total transparência e segurança à parceria. Além da cessão gratuita do espaço e estacionamento, a Folk Valley disponibilizou toda a estrutura de som, iluminação e equipamentos técnicos sem custos à Prefeitura, assegurando alta qualidade profissional e economia aos cofres públicos.
Sobre o espetáculo
Eywa – O Universo de Pandora leva o público a uma jornada mágica. Em um futuro distante, no ano de 2.154, a humanidade descobre o minério Unobtainium — raro, valioso e capaz de gerar enormes quantidades de energia. O problema é que ele só existe em Pandora, um planeta do sistema Alfa Centauri. A exploração desenfreada ameaça o equilíbrio ecológico e a sobrevivência dos Na’vis, que lutam para proteger sua terra sagrada.
Além da direção de Danilo Coelho, o espetáculo conta com os professores e coreógrafos Alauriê Porfírio, Alessandra Pozzuto, Carlos Reis, Carolina Cunha, Carolyne Peluci, Erika Bérgamo, Juliana Ferrari, Marol Andrade e Taiany Rogério. Os cenários foram confeccionados pelos professores e alunos participantes.
A programação de dança do Festival de Artes 2025 começou com O Baile, no último dia 31, na Fonte Santa Tereza, sob direção de Leonardo Cunha, Denise Fogaça e Alauriê Porfírio. Em seguida, o Teatro Municipal Darci Rossi receberá os espetáculos Mostra de Dança do Vente (29/11), Um Sonho de Clara (5, 6 e 7/12) e Flicts (13 e 14/12).
Exposição de figurinos
Até o sábado (8), a Folk Valley também abriga a mostra das alunas do curso “Eu Fiz Esse Figurino”. Foram 27 participantes envolvidas na criação e confecção de 98 figurinos, feitos em macramê, distribuídos em cinco modelos e produzidos em tempo recorde de dois meses.
Sobre o Festival
O Festival de Artes de Valinhos teve início em 18 de outubro e segue até dezembro, com apresentações de teatro, música, dança e artes plásticas dos alunos do Centro Cultural Vicente Musselli. Programação completa e ingressos podem ser acessados em: https://culturavalinhos.wixsite.com/arte-valinhos-2025 .
A entrada é solidária — um quilo de alimento não perecível, em prol do Fundo Social de Solidariedade.









