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A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria de Educação, anunciou na última sexta-feira (31) a adesão da cidade ao projeto "Casa do Pequeno Cientista", iniciativa da fundação alemã de mesmo nome que promove o ensino de ciências por meio de experimentação para crianças de 1 a 6 anos. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Educação, André Amaral, durante a Bionanoweek no SENAI Valinhos, juntamente com a professora Carla Siqueira, representante do Colégio Porto Seguro – instituição credenciada para replicar a metodologia no Brasil. Nas próximas semanas, o convênio formal entre as partes será assinado para dar início aos trabalhos com os profissionais da rede.

A implementação marca o reinício oficial do projeto em Valinhos após uma tentativa não consolidada em 2024. "Estamos reescrevendo esta história com seriedade e compromisso. Diferentemente do que ocorreu anteriormente, vamos garantir todo o suporte necessário para que a metodologia seja aplicada de forma articulada e permanente em nossa rede municipal, formando pequenos cientistas desde a primeira infância", afirmou o secretário Amaral.

Metodologia que transforma sala de aula em laboratório

O projeto utiliza módulos temáticos desenvolvidos para cada faixa etária: Água; Luz, cor e visão; Ar; Magnetismo; Sustentabilidade e Corpo humano e engenharia. "O projeto vai além da experimentação. As crianças resolvem problemas, desenvolvem criatividade e argumentação, precisando defender suas teses sobre o que vivenciam em sala de aula. É um portal para construção do conhecimento onde teoria e prática se entrelaçam", explicou a professora Carla Siqueira.

A primeira etapa consistirá na formação dos coordenadores pedagógicos da rede municipal, marcada para 25 de novembro, às 14h, no auditório da Secretaria de Educação. O processo seguirá o modelo bem-sucedido aplicado na Alemanha, onde a iniciativa foi criada em 2007 por cientistas e educadores preocupados com os resultados do país no programa internacional PISA.

Relevância internacional com impacto local

A Fundação Casa do Pequeno Cientista nasceu como resposta ao 13º lugar da Alemanha no ranking de ciências do PISA 2006. O programa foi posteriormente adotado pelo Ministério da Educação alemão e recebeu apoio de empresas como Siemens e Deutsche Telekom. No Brasil, a metodologia chega por meio de parcerias com instituições de excelência, como o Colégio Porto Seguro.

A implementação representa uma modernização curricular com incorporação de metodologias ativas, aliada ao desenvolvimento de habilidades como resolução de problemas e pensamento crítico. A metodologia, alinhada com as melhores práticas internacionais em educação científica, se alicerça na formação continuada para os educadores da rede, que se tornam monitores dos trabalhos de experimentação com os alunos.

"Esta é uma oportunidade de ouro para nossas crianças. Estamos trazendo para Valinhos uma metodologia que transformou o ensino de ciências em países desenvolvidos, adaptando-a à nossa realidade local", complementou André Amaral.